terça-feira, 31 de julho de 2012

SGP se reúne com Marconi Perillo e diretoria do Ipasgo

Representantes da classe médica reivindicaram melhorias no contrato de recadastramento no Instituto de Assistência dos Servidores Públicos do Estado de Goiás e extensão do benefício de bônus financeiro que é concedido ao médico que tem suas atividades voltadas à rede de atendimento estadual

Presidente da SGP com o governador MARCONI PERILLO e outros presidentes de sociedades médicas em Goiás

O presidente da Sociedade Goiana de Pediatria, Roque Gomide, se reuniu com o governador Marconi Perillo, no dia 24 de julho, no Palácio Pedro Ludovico Teixeira, para defender interesses da classe médica e solicitar apoio do chefe do Estado frente ao Ipasgo. Ainda estavam presentes Rui Gilberto, presidente da Associação Médica de Goiás, Waldemar Naves do Amaral, chefe do departamento de Ginecologia e Obstetrícia da UFG e Zelma Bernardes Costa, presidente da Sociedade Goiana de Ginecologia e Obstetrícia.

Rui Gilberto destacou alguns tópicos do contrato médico para novo credenciamento no Ipasgo como data base não estabelecida, exigência da apresentação mensal de certidões negativas, o não estabelecimento do prazo para vencimento da fatura e exigência de no mínimo 70 consultas mensais. Ainda foi solicitada a extensão do benefício de bônus financeiro que é concedido ao médico que tem suas atividades voltadas à rede de atendimento direto do Estado.

Marconi Perillo se colocou à disposição da categoria médica e ressaltou algumas ações que o governo do Estado tem realizado para melhorar o sistema de saúde em Goiás e as dificuldades enfrentadas pelos cofres públicos “Eu estou fazendo a parte do governo do Estado. Até o final do ano nós mudaremos os hospitais para melhor. Suportamos hoje convênio com Hospital de Queimaduras, com a Santa Casa de Goiânia, Hospital do Câncer, hospitais do interior e tantos outros locais. O que está em nosso alcance, fazemos”, afirma.

IPASGO
Na manhã do dia 25 de julho, a pediatra Regina Maria Santos Marques representou a Sociedade Goiana de Pediatria em reunião com o presidente do Ipasgo Sebastião Ferro, junto à diretoria da Associação Médica de Goiás e da Sociedade Goiana de Ginecologia e Obstetrícia. Foram levantadas reivindicações referente ao recadastramento dos médicos no Instituto, principalmente em relação a apresentação de certidões negativas, data base não estabelecida e melhorias na tabela dos procedimentos médicos. “Para nós foi gratificante ver que existem ainda gestores que são colegas. A reivindicação maior é que nós estejamos sempre em contato com a diretoria do Ipasgo enquanto Associação Médica e especialidades afins. O que nos deixou mais tranquilos e sensibilizados em manter a parceria e continuar nosso serviço de prestador com qualidade”, analisa Regina.

Sebastião Ferro afirmou que estudará todas as reivindicações médicas e de antemão se comprometeu em criar uma data base como solicitado. Em relação a tabela, o presidente negou o pedido dos médicos em adotar a CBHPM, mas confirmou que será uma tabela próxima ou equivalente. Ele ainda explicou a exigência das certidões negativas e garantiu que estes documentos podem ser adquiridos pela internet sem nenhum custo para o médico credenciado e que podem ser enviados via internet.

Jornal da Sociedade Goiana de Pediatria, julho de 2012.

II Jornada do Departamento será em conjunto com o I Simpósio da Maternidade Dona Íris

No final do ano ocorre o primeiro evento que reunirá profissionais da ginecologia e obstetrícia goiana, professores e alunos da Faculdade de Medicina da Universidade Federal de Goiás em uma grande festa científica

Ao centro MAURÍCIO VIGGIANO, Diretor do Hospital da Mulher e
Maternidade Dona Íris
Nos dias 30 de novembro e 1º de dezembro ocorrerá a II Jornada do Departamento de Ginecologia e Obstetrícia da Faculdade de Medicina da Universidade Federal de Goiás (UFG) e o I Encontro Científi co do Hospital da Mulher e da Maternidade Dona Íris e II Jornada do Departamento de
Ginecologia e Obstetrícia da Faculdade de Medicina da Universidade Federal de Goiás (UFG), que será realizado no auditório Askléplios da Faculdade de Medicina da UFG. “Será um grande encontro, porque teremos só médico, vamos ter enfermeiro, psicólogo, fi sioterapeuta, nutricionista. E entre os médicos, não serão apenas ginecologistas obstetras, serão pediatras, neonatalogistas”, explica o diretor do MAURÍCIO VIGGIANO, Diretor do Hospital da Mulher e Maternidade Dona Íris
Hospital da Mulher e Maternidade Dona Íris, Maurício Viggiano.

Ele conta que a conferência de abertura será feita pelo professor Roberto Cury, que é diretor do Centro de Referência à Vida, do Rio de Janeiro. “Ele é um conferencista internacional e é
fantástico. Ele comove a plateia, porque a gente sente a verdade nas coisas que ele fala. E ele fala sobre qualquer coisa que se pedir, sobre a vida, sobre a mulher, sobre relacionamentos pais e filhos, sobre a perda. Ele fala sobre tudo com propriedade e de maneira maravilhosa”, enumera Viggiano. Outro convidado do Rio de Janeiro é Prof. Dr. Paulo Belfort, que falará sobre prematuridade. Diabetes gestacional e pré-eclâmpsia completam a programação de obstetrícia. Durante C eVento B
o evento haverá também o sorteio de dois Ipads.

MAIS CIÊNCIA 
Final de ano é época de movimentação no Departamento de Ginecologia e Obstetrícia da UFG , que conta também com a Semana Científi ca, que ocorrerá de 26 a 29 de novembro, na Faculdade de Medicina. Na quarta-feira da Semana Científi ca os médicos do 3º ano da Residência em
Ginecologia e Obstetrícia apresentarão os trabalhos de conclusão de curso e haverá a apresentação de trabalhos científi cos na forma de pôsteres, salienta o chefe do Departamento Prof. Dr. Waldemar Naves do Amaral.

Jornal do Departamento de Ginecologia e Obstetrícia do Hospital das Clínicas da Universidade Federal de Goiás, julho de 2012.

segunda-feira, 30 de julho de 2012

Ipasgo promete melhorar relação com prestadores de serviços

Recredenciamento e honorários foram os principais temas discutidos durante reunião no Ipasgo, solicitada pela AMG e SGGO e ocorrida no dia 25 de julho

Imbuída da determinação de buscar soluções para a categoria na relação com o Ipasgo, representantes da diretoria da SGGO e da AMG foram até a sede do órgão no dia 25 de julho, onde foram recebidos por seu presidente, Sebastião Ferro, pelo assessor jurídico Ricardo César Gomes e o assessor da Diretoria de Saúde, Lívio Roberto Barreto. O presidente da AMG, Rui Gilberto Ferreira, a presidente da SGGO, Zelma Bernardes Costa, a diretora de Convênios da AMG, Regina Marques e a vice-diretora de Convênios da AMG, Wilzenir Brito Sandes Barbosa foram levar reivindicações da classe e discutir o recredenciamento do Ipasgo, iniciado no dia 31 de julho.

Questionado sobre os valores de honorários pagos pelo Instituto ao médico, Sebastião argumentou: “Nós implantaremos aqui uma tabela própria, com tudo que tem na CBHPM, mas com as condições que o Ipasgo tem de pagar. Nós queremos que vocês acreditem que o Ipasgo não pretende fazer economia. Nós desejamos estabelecer uma parceria verdadeira com o prestador”, destacou.

Após questionado sobre a data base de pagamento, o presidente do Ipasgo garantiu que ela será estipulada e sugeriu que a mesma seja aquela já estabelecida pelo próprio governo estadual para o pagamento do funcionalismo público. Em relação ao índice de aumento deixou claro: “Isso ainda será discutido”.

Sobre a taxa de R$ 100, que tanto desagradou aos prestadores, Sebastião garantiu que este é o custo mínimo do serviço. O assessor jurídico Ricardo Gomes explicou que as certidões negativas cíveis não deverão ser apresentadas a cada mês, mas sim a cada fatura e garantiu que elas podem ser obtidas via internet, sem dificuldades e sem ônus para os médicos.

REIVINDICAÇÕES DA GINECOLOGIA E OBSTETRÍCIA
Zelma aproveitou a ocasião para levar reivindicações dos ginecologistas obstetras. Uma delas é para que a coleta da citopatologia seja remunerada. “Nós estamos colocando um valor que muitos consideram baixo, mas é o mínimo em termo de custos de material e de tempo”, salientou. Outra solicitação é para que haja um adicional de 30% no valor pago pelos atendimentos noturnos no acompanhamento médico do trabalho de parto. “A Unimed fez isso e propiciou que o parto normal tivesse um aumento na sua prevalência”, comentou. “O profissional não consegue acompanhar durante 12 horas um trabalho de parto, deixando consultório, se não tiver um honorário justo. Ao longo dos anos, foi ficando cada vez mais difícil manter a assistência ao parto normal”, argumentou.
Para Rui Gilberto, a reunião com a diretoria do Ipasgo foi bastante proveitosa. “O Dr. Sebastião Ferro é bastante sensível e garantiu que atenderá as principais demandas e contamos também com a palavra do governador Marconi Perillo”, comemorou. Zelma corrobora a opinião do presidente da AMG: “Acredito que ganhamos muito com este movimento e continuamos na luta. Esperamos que isto seja realmente efetivado”, destaca.

Revista da Sociedade Goiana de Ginecologia e Obstetrícia, julho de 2012.

Marconi Perillo recebe SGGO e AMG

No intuito de discutir questões que afligem a classe médica, diretores da AMG e da SGGO estiveram no Palácio Pedro Ludovico Teixeira, onde obtiveram a promessa de apoio do governador
A nova diretoria da SGGO, presidida por Zelma Bernardes Costa e empossada em 16 de junho, durante o I Congresso Goiano de Ginecologia e Obstetrícia está começando com força total. Uma de suas primeiras atividades políticas aconteceu justamente no centro do poder executivo em Goiás, no Palácio Pedro Ludovico Teixeira, durante uma reunião com o governador Marconi Perillo, ocorrida no dia 24 de julho, solicitada pela diretoria da Associação Médica de Goiás e apoiada pela SGGO.

Rui Gilberto Ferreira, presidente da AMG, Waldemar Naves do Amaral, chefe do Departamento de Ginecologia e Obstetrícia da Universidade Federal de Goiás, Wilzenir Brito Santos Barbosa, vice-diretora de Convênios da AMG, Nabyh Salum, Financeiro Adjunto da AMG, Regina Maria Santos Marques, diretora de convênios da AMG, Roque Gomide, presidente da Sociedade Goiana de Pediatria, Weuler Alves Ferreira, 1º tesoureiro da SGGO, Mylena Naves de Castro R. Camarço, 1ª secretária da SGGO, Marcella Fabyana Santana Brasil, diretora de Comunicação e Informática da SGGO foram alguns dos médicos que estiveram presentes à reunião, que discutiu, dentre outros temas que afligem a classe médica, o recredenciamento do Ipasgo e o abono salarial concedido pela Secretaria Estadual de Saúde (SES) apenas aos médicos que trabalham nas unidades de saúde do Estado.

O Ipasgo fez muitas exigências e não falou em contrapartida, como a implantação da Classificação Brasileiras Hierarquizada de Procedimentos Médicos (CBHPM), elaborada pela Associação Médica Brasileira, que é a tabela mínima de honorários preconizada pela classe médica e ainda fez outras exigências que desagradaram a categoria, como o pagamento de uma taxa de R$ 100 e a obrigatoriedade dos médicos de exibir, a cada fatura, certidões negativas cíveis.

Além disso, não estabeleceu uma data base de pagamento e uma tabela de reajuste de honorários médicos. A resposta do governador Marconi Perillo veio de imediato: “O grande problema do Ipasgo foram más gestões e isso ficou comprovado por mais que haja uma discordância de alguns. Vocês devem ter sentido uma mudança do ano passado para cá. Tomamos providências, aumentamos as cobranças dos agregados, acabamos com o déficit de milhões por mês, isso nos deu condições de pagar os mais 400 milhões que estavam atrasados. O meu compromisso sempre foi de pagar rigorosamente em dia os prestadores, pessoa física e jurídica”, pontuou, entrando, ali mesmo, em contato com o presidente do Ipasgo, Sebastião Ferro, e solicitando para que recebesse a comissão no dia seguinte.

A outra reivindicação levada pelas entidades médicas diz respeito ao bônus de R$ 2.500 para os médicos concursados da SES. Alguns servidores que prestam serviço no Hospital das Clínicas e em outras unidades que atendem usuários do SUS não estão recebendo a gratificação. O governador iniciou esse tópico deixando claro que o bônus salarial foi concedido como um estímulo aos médicos que trabalham nas unidades de saúde do Estado e ponderou: “Quem paga anestesiologista, a Coopanest, em todos os hospitais do Estado somos nós, é o Tesouro Estadual. Isso está errado, pois quem deveria pagar era o SUS. Nós temos convênio com Hospital de Queimaduras para cirurgias reparadoras de queimados, com a Santa Casa de Goiânia, com o Hospital do Câncer e com hospitais do interior”, enumerou. “No entanto, não há nenhum interesse do governo federal em aumentar a tabela do SUS. Estamos recebendo tabela defasada há anos. Não vejo uma mobilização dos municípios no sentido de ajudar”, salientou.

Os representantes da AMG e SGGO argumentaram que o médico da SES, apesar de lotado fora da unidade do Estado exerce o seu trabalho da mesma forma que o profissional atuante nas unidades do Estado e, portanto sendo justo receber o mesmo salário. Marconi propôs então uma reunião com o Secretário Estadual da Saúde, Antônio Faleiros para discutir esta demanda médica, em reunião a ser agendada posteriormente e que a SGGO trará o resultado na próxima edição da revista.

Revista da Sociedade Goiana de Ginecologia e Obstetrícia, julho de 2012.

sexta-feira, 27 de julho de 2012

Brinde em grande estilo

Cada tipo de vinho merece uma taça  e um acondicionamento específico na adega

Ao contrário do que possa parecer para um leigo ou degustador eventual de vinhos, a taça tem uma função que ultrapassa a simples estética e influencia diretamente a degustação, realçando algumas qualidades da bebida e abrandando eventuais desequilíbrios ou falhas.

Na hora da escolha deve-se optar por vidro ou cristal liso, sempre incolor para o não comprometimento da avaliação visual. As taças para vinho branco devem ter a base longa para impedir o contato da mão com o bojo, impedindo, assim, que o calor do corpo altere a temperatura do líquido.

Os vinhos tintos exigem taças com bojo maior. Enche-se apenas um terço de seu conteúdo, pois os aromas precisam de espaço suficiente para se desprender e desenvolver. O bojo alongado da taça flute é apropriado para os vinhos espumantes, pois permite apreciar corretamente o desprendimento das borbulhas contribuindo para preservá-las por mais tempo.

A taça de jerez, de tamanho moderado e forma oval apresenta ótimos resultados para encaminhar os finos aromas para as cavidades nasais. O mesmo acontece com quase todos os vinhos generosos e doces em geral. Porém para se iniciar no mundo dos vinhos sem ter que adquirir uma infinidade de taças, especialistas da International Standards Organization - ISO, recomendam uma taça "coringa", que é uma taça desenvolvida para degustações técnicas e que serve para qualquer vinho.

O próximo passo nessa área é adquirir quatro modelos básicos; uma taça para brancos, duas para os diferentes tipos tintos (Bordeaux e Borgonha) e uma para espumantes. Para lavá-las adequadamente, recomenda-se água morna e uma quantidade mínima de detergente líquido. Se a taça não for bem enxaguada, o detergente pode comprometer o sabor e o aroma do vinho. Para secá-las use um pano de linho. Armazene as taças em um local seco e livre de odores.

Lista dos melhores vinhos
O Wine Spectator é um site especializado no mundo dos vinhos que, desde 1988, divulga a lista dos cem melhores rótulos do ano. O ranking com as melhores safras e variedades testadas pelos organizadores do site em 2011 já foi divulgada.

No total, são 12 meses provando vinhos do mundo todo para, no ano seguinte, montar uma lista que reflita quais são as últimas tendências do mercado, os produtores que merecem destaque e as regiões do mundo que estão se sobressaindo na vinicultura.
A lista de 2011 contou com a análise de mais de 16 mil rótulos feita pelos editores do site.
Aqui seguem os três primeiros colocados.

1º lugar – Pinot Noir Sonoma Coast 2009 (Estados Unidos)
A vinícola Kosta Browne foi fundada há pouco mais de dez anos por dois garçons – Dan Kosta e Michael Browne – que juntaram suas economias para conquistar o sonho de começar a produzir vinho. Assim, o ano de 2009 proporcionou uma excelente safra de Pinot Noir e permitiu que Kosta e Browne – agora com apoio financeiro da Vincraft – produzissem 11 rótulos de qualidade insuperável e, dentre eles, o melhor vinho de 2011. As garrafas podem ser encontradas por cerca de U$S 52.


2º lugar – Cabernet Sauvignon Napa Valley Kathryn Hall 2008 (Estados Unidos)

Os vinicultores Craig e Kathryn Hall aproveitaram o que existe de melhor na região de Napa Valley, nos Estados Unidos, para produzir um vinho de qualidade imbatível. Combinando frutas de quatro plantações diferentes, a bebida recebeu um toque de Merlot para arredondar o sabor e valorizar seu aroma. O resultado foi um dos melhores Cabernets já produzidos, numa safra de 2,5 mil garrafas. O preço médio de cada garrafa é US$ 90.

3º lugar – Vouvray Moelleux Clos du Bourg Première Trie 2009 (França)
A supremacia deste vinho se mostra desde a produção das uvas. Cultivadas em um solo argiloso, a vinícola Domaine Huët é uma das grandes responsáveis pela produção das melhores uvas Chenin Blanc. Além disso, o clima do ano de 2009 e a colheita manual das frutas colaboraram para termos um vinho doce, com notas frutadas e marcantes. Na avaliação do júri da Wine Spectator, o vinho recebeu 96 pontos. Foram produzidas 760 caixas e as garrafas custam cerca de U$S 69.

quinta-feira, 26 de julho de 2012

Casa segura durante a viagem de férias

Viajar e ficar preocupado com a possibilidade de roubo é uma “roubada”. Veja algumas dicas que contribuem para manter os ladrões distantes


Nas férias do mês de julho diversas famílias brasileiras preparam as malas para o merecido descanso. Neste período, não é apenas o volume de viagens que aumenta, mas também, o número de assaltos a residências e condomínios de todo o país. Isso acontece porque os imóveis ficam mais vulneráveis com a ausência de seus proprietários, que não procuram alternativas de proteção no período em que estão fora.

Especialistas da área de segurança advertem as pessoas para algumas precauções que devem ser tomadas antes de seguirem viagem, já que há diversas maneiras de evitar os assaltantes durante as férias, como medidas de segurança e a contratação de serviços que dispõem de alta tecnologia, que são cada vez mais acessíveis para a população.

Uma das tecnologias que mais cresce é a Telemetria. Este serviço possibilita aos seus usuários visualizar seu imóvel e veículo por meio de câmeras instaladas nas propriedades pelo celular com tecnologia GSM/GPRS, como também, o usuário pode utilizar o serviço pela internet a qualquer hora do dia.

 Dicas básicas 

  •     Não comente seu plano de férias com estranhos
  •     Informe sobre sua ausência a um vizinho e procure manter contato com ele periodicamente durante a viagem
  •     Não deixe evidente que a casa está vazia. Se a ausência for prolongada, peça que alguém, de absoluta confiança, recolha sua correspondência e abra as portas e janelas. Também peça para cuidarem do jardim
  •     Não deixe que as luzes fiquem acesas durante o dia. Opte pela instalação de um timer, que acende as luzes somente no período noturno
  •     Suspenda a entrega de jornais e revistas, caso seja assinante – ou peça para a mesma pessoa encarregada de sua correspondência que os recolha
  •     Evite manter cofre e valores dentro de casa. Dê preferência aos cofres bancários, que são mais discretos e seguros   
  •     Desligue a campainha. Sem o ruído da campainha, não se sabe se é defeito ou se a casa está realmente vazia
  •     Trincos e trancas devem ser testados antes de sua saída. Se necessário, instale reforços, principalmente nas portas da cozinha e portões laterais
  •     Se sua casa contar com alarmes sonoros ou luminosos, faça testes periodicamente, avisando seus vizinhos sobre o equipamento. Desta forma eles ficarão atentos durante sua viagem
Revista Condomínios, julho de 2012.

Viaje com segurança e imunizado

Além da revisão tradicional do veículo, a vacinação é um dos procedimentos essenciais para que o passeio não se torne um pesadelo

Em julho começa o período de férias. Toda viagem requer preparativos como pesquisas sobre passagens, reservas de carro e hotel, compra de roupas adequadas para determinada estação do ano, roteiros de turismo, dentre outros planejamentos. Com tanta correria, muitos esquecem do principal: as vacinas necessárias para aproveitar o passeio com segurança. Sem elas, o viajante está sujeito a complicações de saúde mais graves do que imagina. Por isso, o recomendável é consultar um médico especializado que indique os imunizantes necessários para o destino escolhido. “Embora todos se lembrem de checar o automóvel antes de cair na estrada, ainda não é rotina procurar atendimento médico antes de viajar”, ressalta a infectologista Maria Lavinea Figueiredo.
Diferentemente do que muitos pensam esta preocupação não é exclusiva de quem viaja para o exterior ou para destinos exóticos. Dependendo da região do Brasil outras doenças podem ser adquiridas. Assim, pode ser necessário tomar vacinas como a de prevenção da febre amarela. "É necessário levar em consideração as doenças prevalentes no local, eventuais problemas que possam estar acontecendo naquele lugar", afirma a médica.

Dados da revista científica The Lancet do Reino Unido mostram que de cada 100 mil viajantes para áreas em desenvolvimento 50 mil terão algum problema de saúde. Destes cinco mil ficam acamados e 300 precisam ser internados; 50 necessitam de resgate aéreo e um acaba falecendo. A maior causa de mortalidade (62%) está relacionada a problemas cardiovasculares já as doenças mais comuns são: diarréias, febre alta, lesões cutâneas e Doenças Sexualmente Transmissíveis (DSTs).

Maria Lavinea Figueiredo destaca que após o retorno o viajante precisa ir novamente ao médico. Caso apresente algum problema de saúde, ele deve informar ao especialista suas viagens nos últimos meses, mesmo que curtas e para destinos próximos. Quem voltou sem sintomas, dependendo do tempo e do local de viagem, deve ter a saúde avaliada novamente com um olhar específico para problemas que possam ter sido adquiridos no trajeto.

Revista Condomínios, julho de 2012.

quarta-feira, 25 de julho de 2012

Goiânia recebe Curso de Atualização de Alergia e Imunologia

Evento da Sociedade Brasileira de Pediatria terá em sua programação temas como Estratégias para Redução das Hospitalizações por Asma, O Que o Pediatra Não Pode Deixar de Saber e Avanços no manejo da alergia respiratória
A Sociedade Goiana de Pediatria, promoverá, nos dias 3 e 4 de agosto, o Curso de Atualização de Alergia e Imunologia da Sociedade Brasileira de Pediatria, em Goiânia. As atividades acontecerão no Hotel San Marino.  A programação científica terá temas como Estratégias para Redução das Hospitalizações por Asma, Programas de controle de Asma no Brasil, Tratamento do Período Intercrise e Crise de Asma, Avanços no Manejo da Alergia, Rinite Alérgica e Alergia à Penicilina. Completando a grade, haverá Discussão de Casos Clínicos de interface de Alergia/Imunologia com outras áreas.

Para atender melhor os especialistas e os desafios enfrentados diariamente na profissão, serão debatidos O Que o Pediatra Não Pode Deixar de Saber, Infecções Recorrentes na Criança Saudável, Investigação Inicial Laboratorial da Criança com Suspeita de Imunodeficiência Primária, Manifestações Infecciosas e não Infecciosas das Imunodeficiências Primárias e do Paciente com Imunodeficiência Primária.  Os temas Manifestações Sistêmicas, Cutâneas e Gastrointestinais da Alergia, Dermatite atópica, Anafilaxia, Urticária Aguda e Alimentar fecharão a programação.

Entre os convidados estão os especialistas Dennis Burns, Fabíola Scancetti, Pérsio Roxo Júnior e Wellington Borges. Para outras informações e inscrições, entrar em contato com a Sociedade Goiana de Pediatria pelo email sogoped@hotmail.com ou telefones (62) 3251‐5175 e 8400‐5634.


Jornal da Sociedade Goiana de Pediatria, julho de 2012.

Sociedade Goiana de Pediatria se reúne com governador Marconi Perillo e diretoria do Ipasgo

Representantes da classe médica reivindicaram melhorias no contrato de recadastramento no Instituto de Assistência dos Servidores Públicos do Estado de Goiás e extensão do benefício de bônus financeiro que é praticado ao médico que tem suas atividades voltadas à rede de atendimento estadual

Presidente da SGP com  o governador Marconi Perillo e outros presidentes de sociedades médicas em Goiás
O presidente da Sociedade Goiana de Pediatria, Roque Gomide, se reuniu com o governador Marconi Perillo, no dia 24 de julho, no Palácio Pedro Ludovico Teixeira, para defender interesses da classe médica e solicitar apoio do chefe do Estado frente ao Ipasgo. Ainda estavam presentes Rui Gilberto, presidente da Associação Médica de Goiás, Waldemar Naves do Amaral, presidente da Sociedade Brasileira de Ultrassonografia e Zelma Bernardes, presidente da Sociedade Goiana de Ginecologia e Obstetrícia.

Rui Gilberto destacou alguns tópicos do contrato médico para novo credenciamento no Ipasgo como data base não estabelecida, exigência da apresentação mensal de certidões negativas, o não estabelecimento do prazo para vencimento da fatura e exigência de no mínimo 70 consultas mensais. Também foi solicitada a extensão do benefício de bônus financeiro que é praticado ao médico que tem suas atividades voltadas à rede de atendimento direto do Estado.

Marconi Perillo se colocou à disposição da categoria médica e ressaltou algumas ações que o governo do Estado tem realizado para melhorar o sistema de saúde em Goiás e as dificuldades enfrentadas pelos cofres públicos “Eu estou fazendo a parte do governo do Estado. Até o final do ano nós vamos mudar os hospitais para melhor. Nós suportamos hoje convênio com Hospital de Queimaduras, com a Santa Casa de Goiânia, Hospital do Câncer, hospitais do interior e tantos outros locais. O que está em nosso alcance, fazemos”, afirma.

Ipasgo
Na manhã do dia 25 de julho, a pediatra Regina XXX representou a Sociedade Goiana de Pediatria em reunião com o presidente do Ipasgo Sebastião Ferro, junto à diretoria da Associação Médica de Goiás e da Sociedade Goiana de Ginecologia e Obstetrícia. Foram levantadas reivindicações referente ao recadastramento dos médicos no Instituto, principalmente em relação a apresentação de certidões negativas, data base não estabelecida e  melhorias na tabela dos procedimentos médicos. “Para nós foi gratificante ver que existem ainda gestores que são colegas. A reivindicação maior é que nós estejamos sempre em contato com a diretoria do Ipasgo enquanto Associação Médica e especialidades afins. O que nos deixou mais tranquilos e sensibilizados em manter a parceria e continuar nosso serviço de prestador com qualidade”, analisa Regina.

Sebastião Ferro afirmou que estudará todas as reivindicações médicas e de antemão se comprometeu em criar uma data base como solicitado. Em relação a tabela, o presidente negou o pedido dos médicos em adotar a CBHPM, mas confirmou que será uma tabela próxima ou equivalente. Ele ainda explicou a exigência das certidões negativas e garantiu que estes documentos podem ser adquiridos pela internet sem nenhum custo para o médico credenciado e que podem ser enviados via internet. 

Jornal da Sociedade Goiana de Pediatria, julho de 2012.

terça-feira, 24 de julho de 2012

Distúrbios digestivos da absorção alimentar

O alimento para ser assimilado precisa percorrer uma série de etapas, iniciando na cavidade oral com a mastigação. Após a deglutição, ele chega ao estômago impulsionado de forma ativa através do esôfago

Por Columbano Junqueira Neto | Gastroenterologista e palestrante do I Congresso Brasil Central de Gastroenterologia

A investigação do quadro disabsortivo intestinal representa um grande desafio aos gastroenterologistas em função da complexidade dos diversos mecanismos fisiológicos envolvidos na digestão e absorção dos diferentes nutrientes que compõem a dieta. Nos últimos anos temos visto um grande avanço no conhecimento das interações entre a flora comensal intestinal e os mecanismos imunológicos na defesa da mucosa.

O alimento para ser assimilado precisa percorrer uma série de etapas, iniciando na cavidade oral com a mastigação e mistura com a saliva rica em amilase e lipase com a quebra inicial de polissacarídeos e triglicerídeos. Após a deglutição, o alimento chega ao estômago impulsionado de forma ativa através do esôfago. Neste, uma nova etapa de solubilização do bolo alimentar através de movimentos de compressão e relaxamento e com o auxílio do ácido clorídrico, pepsina e lipase, uma mistura pastosa ácida é encaminhada ao delgado proximal de forma gradual. No duodeno a alteração súbita do pH pelo bolo alimentar ácido determina a secreção no sangue mesentérico, de CCK e Secretina endógenos, determinando a contração vesicular calibrada e a secreção exócrina pancreática. As bases fisiológicas da digestão, absorção e transporte de carboidratos, proteínas e lipídios já é bem conhecida de todos e não será objeto neste momento. 

A má absorção de determinados alimentos, como os dissacarídeos, entre eles a lactose, em função da deficiência de dissacaridases específicas, depende de fatores genéticos bem conhecidos. Sabemos que cerca de 50% da população brasileira não tolera a lactose, contrariando a cultura alimentar de grande parte dos nossos habitantes nas diversas regiões do país. Na realidade, os adultos tolerantes à lactose são indivíduos portadores de mutações, descendentes de tribos europeias e africanas que, provavelmente, na última era glacial, sobreviveram aos rigores do clima utilizando a gordura do leite e deixaram seus genes, que circulam até hoje pelo mundo afora.    

Outros fatores genéticos, como a intolerância ao glúten, responsável, além de uma importante lesão na mucosa do delgado por mecanismos autoimunes induzidos pela gliadina, como também por uma série de outras doenças autoimunes associadas, como o diabetes, doença de Crohn e a Tireoidite de Hashimoto. O hipercrescimento bacteriano no intestino delgado é, sem dúvida, um dos principais causadores da sintomatologia apresentada por estes pacientes.

Não importando, muitas vezes, por qual mecanismo ocorreu a disabsorção, estes alimentos se transformam em substrato que promoverá o crescimento progressivo desta população. A fermentação destes alimentos ocasiona a produção de CO, principal motivo para que as fezes flutuem e alteração do pH, o que acarreta a acidez perianal.

O constante aprimoramento médico é fundamental para a adequada abordagem destes pacientes e a sensibilidade, durante a anamnese clínica, de pequenos sintomas que na realidade demonstram disabsorção, como a esofagite sem sinais de hérnia hiatal e as baixas taxas séricas de triglicerídeos que podem significar má absorção de carbohidratos, poderão trazer a solução de antigos problemas digestivos frequentemente taxados com síndrome do intestino irritável, mas que na realidade tratam-se de síndromes disabsortivas.

Jornal da Socieade Goiana de Endoscopia, julho de 2012.

Endoscopistas goianos pagam para trabalhar

Levantamento realizado pela Sobed nacional sobre os custos mínimos dos procedimentos endoscópicos apontou que em Goiânia se paga um dos menores valores do Brasil



Por Marcus Vinícius Silva Ney | Presidente da Sociedade Goiana de Endoscopia


Caros sobedianos,

 Foi realizado, em Belo Horizonte, nos dias 13 e 14 de junho, o II Fórum Sobed de Honorários Médicos que contou com a participação de todos os presidentes das regionais. Nunca havia estado em um evento tão organizado quanto este. A Sobed nacional fez um levantamento de custos mínimos dos procedimentos endoscópicos, um trabalho muito profissional realizado por uma comissão destacada para isso, com a participação de gestores de saúde. No final, tive a certeza de que em Goiânia se paga – de longe do penúltimo lugar – os piores valores no país e, sem a menor dúvida, estamos pagando para trabalhar.

Nos foi mostrado, também, o exemplo da cooperativa de Fortaleza, uma concepção excepcional. Eu esperava mandar ainda neste jornal o resumo de tudo que foi discutido e mostrado neste Fórum, mas é bastante extenso. Os interessados podem procurar a secretaria nacional, que tem, inclusive, uma página só para isso no Yahoo.

Convocamos uma reunião semanas atrás para a escolha da comissão organizadora local para o SBAD de 2013, um evento de extrema importância para nossa região onde uma das chamadas principais será a continuação destes Fórum e o incentivo para criação de novas cooperativas nos Estados. Só apareceram quatro pessoas. Talvez esteja aí o motivo do terrível baixo-astral da endoscopia de Goiânia.

Grande abraço a todos.

Jornal da Sociedade Goiana de Endoscopia, julho de 2012.

segunda-feira, 23 de julho de 2012

Diabéticos devem redobrar os cuidados se tiverem doenças cardiovasculares

A placa coronariana no diabético é bem mais instável, mas suscetível à ruptura, à formação de trombo, de necrose ou a uma oclusão aguda do vaso

Indivíduos com diabetes devem ficar atentos às doenças cardiovasculares, pois a incidência costuma ser alta e podem levar à morte, caso não haja cuidados necessários. Segundo o endocrinologista Domingos Malerbi, membro da diretoria da Sociedade Brasileira de Diabetes, a doença vascular possui como característica principal a placa arteriosclerótica, responsável pela oclusão do vaso.
Nos diabéticos, as complicações ocorrem com mais intensidade e frequência. Domingos explica que a placa coronariana no diabético é  mais instável, mais suscetível à ruptura, à formação de trombo, de necrose ou a uma oclusão aguda do vaso. “No indivíduo diabético tem-se a influência da neuropatia na regulação do fluxo, influência da nutrição dessa placa, que é bem mais ágil no diabético, o que acarreta uma maior fragilidade da placa, com maior probabilidade dela romper e causar um evento vascular”, detalha.

O endocrinologista diz que para evitar as microangiopatias, como a retinopatia ou nefropatia, é preciso determinados graus de controle que são definidos pela hemoglobina glicada ou glicosilada. “Há um consenso na literatura de que valores abaixo de 7 de hemoglobina glicosilada conseguem fazer a prevenção de microangiopatias”, afirma. Já para as macroangiopatias foi demonstrado que mesmo tratando precocemente com tratamento mais agressivo e reduzindo essa hemoglobina glicada para 7, não se consegue prevenir com tanta facilidade as doenças cardiovasculares.

Domingos destaca que já foram feitas tentativas de tratar indivíduos com níveis mais baixos de hemoglobina glicada ao longo tempo. “Se o indivíduo tem uma doença cardiovascular instalada, o tratamento mais agressivo é capaz de aumentar a mortalidade. Aumenta porque para conseguir um grau de controle mais adequado com níveis de hemoglobina glicada mais baixos, automaticamente acarreta em um tratamento que possui uma incidência maior de hipoglicemia. Hipoglicemia em um doente vascular acaba sendo mais deletéria do que em um nível moderado de hiperglicemia”, esclarece.

No caso de pacientes com diabetes recém-instalado, inclusive na fase pré-diabetes, há possibilidade de se prevenir, se for mais agressivo no tratamento e usar metas mais baixas de hemoglobina glicada. Domingos diz que a prevenção é por meio de trocas hipoglicêmicas, e não centrado só na glicemia, porque, geralmente, esses pacientes possuem outros fatores de risco como hipertensão arterial, obesidade, dislipidemia, sedentarismo.

Atualização
A prevenção da doença cardiovascular em diabetes tipo 2 envolve uma série de parâmetros que vão além do controle da glicemia. “É bem mais eficaz se a prevenção for precoce. E deve ser atendida com metas mais rígidas em todos os parâmetros do que no indivíduo não diabético ou no indivíduo com diabetes de longa duração”, orienta o especialista.

Domingos adverte que se deve prestar atenção nas metas de tratamento que estão sendo mudadas no mundo. Várias sociedades têm publicado consensos, alterando metas de hemoglobina glicosilada em função do tempo de diabetes do paciente, em função da faixa etária do paciente, das comorbidades, da presença de outras doenças, como as cardiovasculares. Segundo o médico, não existe uma hemoglobina glicada que pode ser adotada para todos os indivíduos com diabetes. De acordo com o perfil clínico do paciente é que será estabelecida uma meta de controle. “Será um equilíbrio da prevenção da doença microvascular e macrovascular. A incidência de complicações, principalmente do lado macrovascular, causadas por hipoglicemia, é mais alta se o tratamento for mais intensivo”, reforça.

De acordo com Domingos, o endocrinologista possui uma visão mais global do problema porque não adota só a visão macrovascular e com isso consegue uma maior prevenção por meio do tratamento precoce dessas doenças cardiovasculares. “O ideal é que o endocrinologista aborde os casos antes de acontecer a doença e de uma forma um pouco mais ampla olhando todas as complicações possíveis que um diabético possa ter”, pontua.


Revista Diabetes em Goiás, julho de 2012.

Cirurgia de redução de estômago pode curar diabetes tipo 2


SÉRGIO VÊNCIO diz que no bypass gástrico, a chance de melhorar o diabetes em pacientes usuários de insulina ou que tenham mais de nove anos de doença é baixíssimo

Técnicas de cirurgia bariátrica têm se mostrado eficientes na cura da doença, que atinge cerca de 20% da população mundial

A cirurgia bariátrica e metabólica tem sido amplamente estudada no mundo inteiro para tratamento de diabetes tipo 2. “Grandes estudos prospectivos mostram resolução do diabetes e doenças associadas em até 98% dos pacientes, dependendo da técnica utilizada”, afirma o presidente da Sociedade Brasileira de Endocrinologia e Metabologia, regional Goiás (SBEM-GO), Sérgio Vêncio. “Técnicas mais simples promovem uma resolução menor. Técnicas mais complexas ou que causam maior desnutrição, induzem um percentual maior de melhora, porém com mais efeitos danosos à saúde”, ressalva.

As indicações aprovadas pelo Conselho Federal de Medicina são para pacientes com diabetes tipo 2 e índice de massa corporal acima de 35 kg/m2. Pesquisas publicadas em março de 2012 no New England Journal of Medicine confirmam a tese de que a operação de redução de estômago é eficaz no tratamento da doença. De acordo com os estudos, pessoas submetidas à intervenção têm chances maiores de experimentarem a remissão da doença – quando a tolerância à glicose e os níveis de açúcar no sangue voltam ao normal – do que as que optam pela terapia tradicional. Também foram notadas melhoras na pressão sanguínea e nos níveis de colesterol.

A conclusão foi baseada em dois levantamentos, realizados na Universidade Católica, em Roma, na Itália, e na Cleveland Clinic, nos Estados Unidos. Ambos os trabalhos compararam a evolução dos quadros de pacientes que sofreram a cirurgia com o dos que aliaram restrições na dieta e prática de exercícios físicos ao uso de medicações. Entre os italianos, as taxas de remissão chegaram a 75% no grupo cirúrgico. Não houve nenhum registro de regressão dos sinais da patologia naqueles que não foram operados. Já no trabalho americano, os índices foram, respectivamente, de 42% e 12%.

Vêncio informa que a Sociedade Brasileira de Diabetes permite a indicação em pacientes com IMC (Índice de Massa Corporal) entre 30 e 35 e que apresentem grande dificuldade de controle glicêmico. “O uso do IMC para indicar uma cirurgia tem sido amplamente discutido, ele ainda é a ferramenta usada, mas acredito que no futuro outros fatores têm de ser levados em conta, criando-se um escore de risco, como doenças associadas, reserva pancreática, grau de resistência insulínica, peso, tempo de diabetes, etc”, salienta, lembrando que, no caso do bypass gástrico, a chance de melhorar o diabetes em pacientes usuários de insulina ou que tenham mais de nove anos de doença é baixíssimo.

“Qualquer melhora no peso induz maior controle glicêmico, pressórico e lipêmico”, frisa o médico. De acordo com ele, estudos têm mostrado que algumas cirurgias têm sua ação completamente centrada na perda de peso, como no caso do bypass gástrico e banda gástrica, e outras técnicas induzem remissão do diabetes e doenças associadas por mecanismos independentes da perda do peso, como a duodenal switch e sua variação sem desnutrição, a interposição ileal.

Sérgio Vêncio alerta para o fato de que existe um movimento entre os especialistas que tenta realizar técnicas feitas para obesos mórbidos em pacientes com obesidade leve. “Vale lembrar que na técnica mais realizada no mundo, o bypass gástrico, 40% dos pacientes voltam a ter diabetes, 40% podem ter distúrbios graves como alcoolismo e 40% voltam a ganhar peso”, avisa. Segundo ele, o Brasil tem liderado o avanço de novas técnicas e ele acredita que isso contribuirá e muito para que a cirurgia bariátrica se torne mais uma ferramenta no arsenal terapêutico do endocrinologista. “Porém o que observamos com temor é que a necessária avaliação aprofundada e detalhada do paciente com diabetes tipo 2 não tem sido feita na maioria dos casos”, contrapõe.

O presidente da SBEM-GO reitera ainda que, qualquer pessoa que se candidata a realizar essa cirurgia para tratamento do diabetes e doenças associadas, deve ser analisada criteriosamente para afastar falência pancreática, diabetes tipo LADA (diabetes latente autoimune do adulto), e outras contraindicações para a cirurgia, como casos graves de neuropatia, que também devem ser avaliados com bastante critério.

PONTOS POSITIVOS E NEGATIVOS DA CIRURGIA
Entre os pontos positivos da cirurgia bariátrica, o endocrinologista destaca o fato dela envolver mecanismos diferentes para o tratamento da doença. “O diabetes é uma doença grave, causada por várias alterações metabólicas, que coexistem e fazem com que a doença progrida rapidamente. A cirurgia bariátrica e metabólica tem se mostrado eficaz na resolução do diabetes e na diminuição da mortalidade nesses pacientes”, destaca.

Um dos pontos ativados pela cirurgia é o GLP-1, que, entre outras funções, estimula a produção de insulina pelo pâncreas. “No entanto, deve-se deixar claro que a melhora não tem nenhuma relação com a redução do peso e do percentual de gordura do paciente já que os níveis de glicose se normalizam antes de tais mudanças poderem ser observadas, diz o especialista, que enumera outros benefícios do procedimento. “Influi positivamente no controle da hipertensão arterial, da apneia do sono e da infertilidade”, exemplifica.

O ponto negativo, segundo ele, é que cada cirurgia atua de uma forma e algumas são ineficazes para o diabetes, dependendo do estágio da doença, e não devem ser realizadas. “Além disso, técnicas que induzem desabsorção ou desnutrição através do desvio (bypass) intestinal causam sérias sequelas. O candidato à cirurgia deve entender que a cirurgia não o exime do acompanhamento frequente com o endocrinologista”, salienta.



Revista Diabetes em Goiás, julho de 2012.

quinta-feira, 19 de julho de 2012

Como enfrentar os problemas dos usuários do crack

LEONARDO MARIANO REIS, presidente do Sindicato dos Médicos do Estado de Goiás (Simego)
RONDON DE CASTRO, psiquiatra do Centro de Atenção Psicossocial

MARCELO CELESTINO, coordenador do Departamento CAO Saúde do Ministério Público de Goiás
Psiquiatra do Centro de Atenção Psicossocial
  
Para apontar soluções foram ouvidos coordenadores de entidades de saúde e um psiquiatra que lida diariamente com dependentes de drogas
 
Em meados dos anos 80 surgiu uma nova droga, o crack, que, devido ao seu baixo custo e “barato” rápido e intenso, logo ganhou popularidade entre os usuários, especialmente nas áreas urbanas mais pobres. Segundo um estudo do Conselho Nacional de Segurança Pública (Conasp), em Goiás existem atualmente cerca de 300 mil de usuários de drogas ilícitas. As mais consumidas são, pela ordem, a maconha e a cocaína e o crack, sendo que esta última tem um poder altamente destrutivo.

O presidente da Associação Médica de Goiás (AMG), Rui Gilberto Ferreira, considera o crack um problema de saúde pública dos mais relevantes. “Nos últimos seis anos os dados apontam para um aumento de 150% dos usuários e a estimativa é de que exista 50 mil dependentes em Goiás”, afirma. Para o presidente do Conselho Regional de Medicina do Estado de Goiás (Cremego), Salomão Rodrigues, que é também psiquiatra, o uso do crack, assim como de outras drogas, inclusive do álcool, constitui em grave problema de saúde pública que o governo brasileiro tem negligenciado. “No Brasil as políticas de enfrentamento das dependências químicas são desarmônicas, tímidas e equivocadas. O problema é enfocado apenas como social e são negligenciados os aspectos médicos. Um infinidade de tragédias e mortes tem ocorrido”, declara.

Já o presidente do Sindicato dos Médicos do Estado de Goiás (Simego) Leonardo Mariano Reis acredita que, antes de ser um problema de saúde pública, o crack é um problema social e de segurança pública. “Primeiro, porque a prevenção começa na família e depois na escola. A maioria dos dependentes químicos não teve a devida orientação em casa e geralmente são oriundos de lares desajustados, sem acompanhamento dos pais e sem uma educação moral e religiosa. Segundo, a droga chega ao jovem porque ela está disponível nas ruas. Se não houvesse a figura do traficante e mais rigor nas fronteiras contra o tráfico e contrabando, e punições exemplares para os chefões do crime e grandes contrabandistas, os insumos para a produção do crack dificilmente estariam disponíveis”, avalia.
O coordenador do Departamento CAO Saúde do Ministério Público de Goiás Marcelo Celestino analisa que o vício em substâncias que causam dependência química é um dos mais graves problemas dos dias atuais e reforça que não se trata apenas de um problema de saúde pública, mas de um problema predominantemente sócio-econômico e de segurança pública. O presidente da AGM e professor emérito da UFG, Joaquim Caetano, considera que, dentre as drogas ilícitas, o crack é atualmente a mais devastadora em vários países com grande desequilíbrio social como é o caso do Brasil, pelo seu baixo custo e pela intensidade do seu tráfico que o poder público não tem conseguido combater de forma efetiva. E ele vai além em sua análise: “O agravo causado ao usuário por esta droga constitui apenas o vértice de uma pirâmide constituída, em suas bases, por componentes sociais como baixa escolaridade, baixa qualificação para o trabalho, o consequente desemprego, na maioria das vezes associados a desajustes, desequilíbrios familiares e perda dos milenares preceitos religiosos”, atesta.
Já o psiquiatra do Centro de Atenção Psicossocial Rondon de Castro analisa que não é somente o crack, mas também outras drogas, e principalmente o álcool, que deviam ser tratados como problema de saúde pública. “O consumo desmedido destas substâncias, além de afetar a vida dos usuários, poderá, de uma forma ou de outra, afetar toda a população. Isso exige uma resposta satisfatória dos governos. O problema do abuso de medicamentos psicotrópicos prescritos por médicos, tais como calmantes e remédios para emagrecer, também deve ser vistos como problema de saúde pública”, enumera.

Prevenção e tratamento
Leonardo Mariano conta que, recentemente viu uma entrevista no Fantástico (Globo) com o médico Dráuzio Varela, na qual ele dizia que a probabilidade de uma pessoa se livrar do vício das drogas é muito pequena, independente da idade. “Todos as tentativas de internação têm se mostrado pouco resolutivas e, mesmo após um período limpo, a chance de recorrência é grande. Conheço várias iniciativas de prevenção e tratamento, seja pela Igreja, pelo poder público, pelo terceiro setor ou por iniciativa particular. Mas o cerne da prevenção está na família, sem a qual todas as outras iniciativas são ineficazes”, pontua.
Para Rui Gilberto, a solução a curto prazo seria a criação de centros públicos de tratamento para os dependentes e suas famílias, já que a esmagadora maioria é pobre e não tem condições de custear um tratamento privado. “Participei de um lançamento de um programa como esse no Palácio das Esmeraldas, mas acredito que ainda não está funcionando. A longo prazo, a solução é a educação, campanhas de informação e uma melhor distribuição de renda, com eliminação dos bolsões de miséria”, acredita.
Joaquim Caetano compartilha esta opinião e diz que, por estar intimamente associado a múltiplos fatores ambientais, o problema de assistência aos usuários de crack deve ser enfrentado como um problema de saúde social e, portanto, de responsabilidade governamental, o único capaz de atuar a partir da base da pirâmide, ou seja, em seus fatores condicionantes. “Todavia, para que o poder público possa atuar de forma efectiva, há necessidade do envolvimento social, em seus vários segmentos, principalmente familiar, fundamental para a formação das pessoas como cidadãos”.

Marcelo Celestino teoriza que é preciso um rigoroso compromisso dos gestores públicos na eficiência do tratamento, que deve incluir a família, bem como retirar o paciente do círculo de convivência comprometido. “A saída requer várias ações, como o rigoroso comprometimento do Poder Público no combate ao tráfico e aos traficantes, com a reordenação do aparelho legal e policial, com maior celeridade dos jujulgamentos dos processos e o rigoroso cumprimento da pena; o aparelhamento da Saúde Pública, para dar tratamento eficiente aos viciados, com aberturas de leitos de internação e remuneração justa; criação de opções de trabalho para os ex-viciados, como forma de prestigiar quem deixou o vício. Estas iniciativas devem partir do poder público em todas as esferas e também da sociedade, pois os resultados atingem todos nós”, elabora.

Salomão endossa a opinião de Marcelo Celestino e acrescenta que é necessário enfrentar o problema de forma decidida, organizada e obedecendo os princípios da Lei 11.343/2006 que institui três frentes: “Primeiro, a prevenção do uso indevido; segundo, a atenção e reinserção social dos usuários e dependentes de drogas; terceiro, a repressão à produção não autorizada e ao tráfico ilícito de drogas”, enumera, lembrando que não existe no país nenhuma política de prevenção, que deveria ser feita nas áreas de educação, segurança pública, saúde, cultura e emprego. “Hoje, uma professora primária nada sabe sobre drogas e não tem como orientar seus alunos e respectivos pais. Dependência química é uma doença crônica grave e não somente um problema social ou psicológico. A assistência médica aos dependentes inexiste no sistema público de saúde e, infelizmente, só tem tratamento adequado quem pode pagar por ele. A repressão ao tráfico é incipiente”, acrescenta.

Para Salomão, uma forma de enfrentamento ao problema inclui um sistema de tratamento efetivo, hierarquizado e integrado, com vários tipos de locais onde as ações terapêuticas pudessem ocorrer. Ele cita que são necessários tratamentos intensivos e especializados com internações em clínicas especializadas em dependências químicas, em unidade para dependentes químicos em hospital Psiquiátrico, em unidade para dependentes químicos em hospital geral, moradias assistidas para dependentes químicos; tratamentos gerais como relacionados a saúde física, assistência social adequada, orientação profissional; tratamentos sistematizados ambulatoriais como terapias cognitivas, Motivacionais, treinamentos de habilidades sociais, grupos de apoio psicológico e grupos de autoajuda.

No entanto, Rondon de Castro, que, assim como Salomão, lida com usuários de drogas diariamente, assegura que é necessário que as famílias, profissionais e governos criem condições para que essa procura por ajuda seja espontânea. “O usuário precisa confiar nas pessoas e instituições para que os resultados sejam melhores. Há hoje um excesso de internações contra a vontade do usuário provocadas pelo desespero de alguns e oportunismo de outros. Os resultados dessas condutas são quase nulos e, para piorar, o usuário se tornará cada vez mais desconfiado e esquivo, com razão”, alerta.

Rondon diz que, em Goiás, não há nenhum programa que se possa ser qualificado de preventivo relacionado às drogas. Segundo ele, a infinidade de palestras proferidas todos os dias em escolas por pessoas sem formação adequada que se limitam a descrever os “malefícios” provocados pelas drogas ilícitas é uma prática que já foi considerada ineficaz e desaconselhada pela Unesco desde 1970. “Programas preventivos devem ser desenvolvidos por educadores e profissionais com experiência na área, com planejamento, continuidade e compromisso com a avaliação. Não devem ser focados exclusivamente nas drogas e seus efeitos. Há muito que se conversar sobre isso, mas parece que ninguém se interessa”, constata.

Esta é uma das razões pelas quais a AGM decidiu abordar este assunto. E Joaquim Caetano diz que espera, sinceramente, que estas reflexões das entidades médicas e dos profissionais médicos envolvidos e convivendo com este problema possam contribuir para uma efetiva abordagem pelo poder público no sentido de, pelo menos, proporcionar tratamento médico hospitalar para essa crescente massa de adolescentes e jovens em fase aguda de alienação mental. “Quanto ao tráfico, torna -se necessária uma revisão das normas jurídicas, no sentido de uma punição severa e efetiva, principalmente para aqueles que comandam e gerenciam este nefasto procedimento, responsável em boa parte pela crescente violência urbana”, conclui.

Revista da Academia Goiana de Medicina, julho de 2012.

segunda-feira, 16 de julho de 2012

Seleção de trabalhos científicos em Goiás

Inscrições para o Prêmio Academia Goiana de Medicina devem ser realizadas até o dia 31 de julho

Estão abertas as inscrições para o Prêmio Academia Goiana de Medicina 2012. Poderão concorrer, trabalhos científicos realizados por médicos goianos radicados em Goiás, já anteriormente publicados ou aceitos para a publicação.  Os interessados deverão efetuar sua inscrição até o dia 31 de julho na sede da Academia Goiana de Medicina.

O julgamento será feito pela comissão científica da Academia, em caráter irrecorrível. Serão premiados dois trabalhos dentre os inscritos a critério da comissão científica. Os competidores deverão entregar três exemplares do trabalho que não serão posteriormente devolvidos.

A outorga dos prêmios será no mês de setembro em sessão solene e pública promovida pela Academia Goiana de Direito. Os vencedores receberão medalha, diploma e quantitativo em dinheiro. Para outras informações acesse academiademedicina.com.br ou ligue para (62) 3212-2362 (falar com Sônia Cruvinel).


Revista da Academia Goiana de Medicina, julho de 2012.

quarta-feira, 11 de julho de 2012

Hobby sobre duas rodas

   
PEDRO MARCELO NEIVA PINHEIRO gosta de passear por cidades próximas a Goiânia
HÉLIO FINOTTI considera andar de moto um excelente meio de viajar e apreciar a paisagem
WANDER DOS SANTOS ANJO sentirá falta de andar de moto quando for para o céu

ADILSON USIER LEITE declara que o motociclismo é sinônimo de liberdade
Uma das características que identificam estes quatro profissionais da saúde é sua paixão declarada por motos, cultivada com afinco por todos eles 

Dois urologistas, um neuropediatra e um administrador hospitalar. Aparentemente, o que eles têm em comum é o fato de desenvolver funções ligadas à saúde humana. Mas não é apenas isso. Eles têm outra afinidade: a paixão por motos custom, aquelas super motos de viagem, objeto de desejo dos amantes da liberdade dos cabelos ao vento.

O urologista Pedro Marcelo Neiva Pinheiro conta que quando criança adorava bicicleta e o melhor presente que recebeu em toda sua vida foi quando ganhou uma como recompensa pelo desempenho nos estudos. “Eu passei a gostar de todas as sensações que andar sobre duas rodas permite”, analisa. A bicicleta também foi a principal diversão na infância do neuropediatra Wander dos Santos Anjo, nascido em Uberaba (MG). “Meu pai tinha me dado uma bicicleta alemã, chamada Orca, e aquilo era a minha vida”, recorda-se. “Eu era bem menino e não tinha nem documento quando meu pai comprou uma moto chamada Java, da Tchecoslováquia, era uma ‘motorcicleta’.” diverte-se. “Depois vieram a lambreta, a vespa e a Suzuki. Em seguida a Honda 125, a TT, e a Honda de 400 cilindradas. Foi só melhorando”, constata.

O também urologista e coronel do Corpo de Bombeiros Hélio Finotti diz que seu interesse por motos data de 1982, quando iniciou sua residência em Urologia. “Nesta época, poucas pessoas tinham esse hábito de andar de moto. Não era usual o capacete, mas eu usava por medos dos acidentes e de suas consequências”, recorda-se. Em 1984 abandonou o hábito, mas o retomou em 2000, depois de ir a um encontro de motos em Goiânia. “Comprei uma moto nova e passei a fazer parte de um grupo de viagem, o Motoclube Papa-léguas”, declara. Atualmente ele tem uma moto Suzuki Boulevard 800.
Já o administrador do Instituto de Neurologia de Goiânia Adilson Usier elesLeite, que é paulista de Mogi das Cruzes, deve à família sua paixão por motos. O pai, irmãos e vários primos praticavam o motociclismo em montanha e estradas de terra. Com 14 anos, em 1964, ganhou a primeira moto e com 18 comprou uma MW 650 e passou a viajar. “Íamos bastante para o Rio de Janeiro, Bertioga, Guarujá, Campos do Jordão. Viajávamos sempre em grupo, mas na época não existia motoclubes”, esclarece.

Pedro Marcelo também tem lembranças juvenis marcantes relacionadas a motos. Quando criança viajava para um sítio da família em Pirenópolis e, ao passar pelo posto da Polícia Rodoviária Federal, onde havia uma moto da marca Harley Davidson estacionada, ele diz que se sentia atraído de uma forma impressionante e sempre pedia ao pai que parasse para poder olhá-la de perto. “Há uns cinco anos voltei a andar de moto por opção. Comecei com motos menores e, no ano passado, quando fiz 50 anos, me presenteei com uma Harley Davidson. Me apaixonei pela moto, comprei e depois, pesquisando na Internet, descobri que, coincidentemente, é do mesmo modelo, idêntica à que a Polícia Federal tinha quando eu era criança. Ficou no subconsciente”, salienta.

Na época da faculdade Pedro Marcelo diz que sentia muita vontade de ter uma motocicleta, mas o sonho não foi realizado porque sua mãe temia os riscos. Inclusive, ela se antecipou e o ajudou a adquirir um carro para que desistisse da moto. Como todo jovem costuma fazer, ele encontrou um meio de driblar o temor materno e tomava emprestado de um colega uma moto CG 125. “Eu ia dar aula de inglês em um colégio e quando eu chegava nessa moto percebia que era diferente, e era gostoso chamar a atenção, sobretudo das garotas”, se diverte.

AVENTURAS
Um dos prazeres desses motociclistas está relacionado a viagens. Hélio Finotti cita Recife e Foz do Iguaçu como as viagens mais longas que já fez no lombo de uma moto. Adilson diz que a viagem mais espetacular que fez foi para o Chile, de 15 mil quilômetros, quando passaram 22 dias viajando. “A gente fez uma programação, mas acabou não cumprindo porque durante a viagem algumas pessoas hospitaleiras convidaram a gente para dormir na casa delas e no final da viagem não se cumpriu quase nada do planejado, mas deu tudo certo”, destaca. Ele fala ainda da viagem que fez ao Nordeste, quando conheceu grande parte do litoral nordestino.

Wander considera como a mais marcante uma viagem feita no ano passado ao famoso Daytona, o maior encontro de motociclistas do planeta, sediado em Melbourne, nos EUA. “Se os jornais não exageraram havia 600 mil motos. E o melhor é que foi a comemoração dos 70 anos de Daytona e eu festejei os meus 70 anos lá também. Chegamos, minha esposa, eu e um grande grupo de amigos, no dia 26 de abril e no dia 5 de maio era meu aniversário”, diz com a voz carregada de emoção. “E aí eu me vi lá no meio de motociclistas de 80, 85 anos e me achei um menino, com 70”, brinca.

E para essas ocasiões, todos gostam de se vestir a caráter. “A gente deixa a seriedade do trabalho, bota uma roupa incrementada. Tenho até umas luvas com desenhos que imitam tatuagem”, destaca, aos risos, Pedro Marcelo, que partilha o hobby com a esposa, a advogada Christiane Caldas Pinheiro, companhia constante nos passeios. Adilson também tem a companhia da esposa, a professora universitária Vanusa Claudete Leite, em todas as viagens. Inclusive, nas constantes idas e vindas de São Paulo, onde têm filhos e netos, os dois utilizam apenas a moto Honda Gold Wing — motor 1.800 cilindradas e triciclo câmbio automático motor 1.600 cilindradas, super equipados.

Wander também conta com a companhia da esposa, a decoradora Ângela, que é quem pilota o triciclo de duas mil cilindradas do casal. Mas nem sempre foi assim. “Eu sempre tive moto, depois, por causa de acidentes, a minha mulher e as filhas pediram para eu parar. Aí fiquei quase 10 anos sem ter a minha moto e ficava andando na de colegas, morria de vergonha”, admite Wander. “Quando fiz 60 anos, comprei uma moto, cheguei em casa, chamei a minha esposa e disse: você escolhe, se você quer ser o “piolho” (é assim que chamamos quem anda na garupa) porque eu vou ficar com a moto”, conta ele, enfatizando que foi uma atitude maluca de quem tem 60 anos e acha que é menino.

No entanto, Ângela aceitou a intransigência do marido e no dia 28 de julho completam-se 58 anos que eles se conhecem. “Ela tem 68 anos e eu tenho 71, ela tinha 12 anos e eu tinha 15 quando começamos a namorar. A Ângela é minha companheira, cúmplice, maravilhosa”, derrete-se. “E me tolerar não é fácil, porque sou uma pessoa difícil e ela me aceita”, reconhece o médico, que já sofreu um infarto, do qual lhe restaram sete pontes de safenas como lembrança, e sobreviveu a um acidente gravíssimo.

“QUEM JÁ CAIU E QUEM AINDA VAI CAIR”

Wander conta que estavam em três motociclista indo para o Chuí, no Rio Grande do Sul, e quando chegavam em Santa Vitória do Palmar, um carro lhe deu um totó (é a expressão usada quando um carro bate na traseira de uma moto), e a moto capotou, provocando algumas fraturas. Trazido para casa de avião, teve que se submeter a cirurgias e colocar parafusos na perna. “Os acidentes fazem parte da história de quem anda de moto. Eu já caí várias vezes. Quem anda de moto faz parte de dois grupos: os que já caíram e os que ainda vão cair, não tem jeito”, define.

Adilson também tem no histórico de motociclista sua cota de sofrimento. Em 1999 ele e a esposa estavam voltando de São Paulo – onde vão pelo menos duas vezes ao ano para visitar filhos e netos – e, devido às más condições da BR 153, decidiram passar por Buriti Alegre. Quatro quilômetros depois se depararam com cerca de 600 vacas que estavam sendo transferidas de pasto pelo dono da fazenda. Ele perdeu o controle do veículo e atropelou uma vaca, o que acarretou nele uma lesão no crânio, fraturas na clavícula, em quatro costelas, em duas regiões de uma das pernas e em um dos dedos da mão. Vanusa fraturou alguns dedos das mãos, a clavícula e um prendedor de cabelos, que estava colocado na cinta porque não cabia no capacete, entrou no estômago dela. “Foi um estrago grande. Passamos por algumas cirurgias”, declara Adilson, contando que havia se mudado para Goiânia em 1998 para administrar o Instituto de Neurologia de Goiânia e isso aconteceu no dia 5 de setembro de 1999.

Ledo engano de quem pensa que isso fez com que o administrador e a esposa ficassem com temor de um outro acidente. “No dia 20 de dezembro do mesmo ano já voltamos para São Paulo na mesma moto para passar o Natal com meus filhos e netos. Acidentes acontecem”, pondera. Inclusive, ao conceder esta entrevista, Adilson e Vanusa estavam de viagem marcada para o dia 5 de julho com destino a Campos do Jordão e Parati.

Hélio Finotti, que usa de muita prudência ao pilotar sua moto, comenta que sofreu apenas um acidente um pouco mais grave, numa viagem a Maceió, quando fraturou um braço e precisou se submeter a uma cirurgia. Apesar de ter sido necessário deixar a moto na capital alagoana, retornar de avião e depois providenciar o transporte da moto, o urologia não se lamenta, já que considera o hobby um de seus grandes prazeres. “Eu não tenho outro vício, não bebo, não fumo, não faço qualquer outra coisa do estilo, então o custo compensa”, relativiza. Pedro Marcelo faz parte do grupo que ainda não caiu.

Revista Medicina em Goiás, junho de 2012.

terça-feira, 10 de julho de 2012

Mitos e verdades sobre doenças genéticas oculares

O oftalmologista, especialista em genética ocular, Luís Alexandre Rassi Gabriel enumerou abaixo alguns dos mais comuns mitos e também verdades sobre as doenças genéticas que afetam os olhos
É verdade que doenças genéticas são também hereditárias?
Não. Isto é um mito. Nem toda doença genética é hereditária. Há doenças genéticas que não são transmitidas aos descendentes e, portanto, não são hereditárias. Para que uma doença genética
seja hereditária ela deve acometer as células germinativas do paciente, pois é através dessas células (óvulos e espermatozoides), que o material genético dos pais constituirá os filhos.

E doença congênita é sinônimo de doença genética?
Isto também é um mito. A palavra congênita simplesmente significa que determinada característica de uma criança foi detectada ao nascimento, seja ela genética ou não. Trata-se de uma definição temporal e não causal. Além disso, há diversas situações em que traços ou doenças genéticas não
estão presentes ao nascer (congenitamente), mas desenvolvem-se mais tardiamente com o passar dos anos.

Terapia gênica e células-tronco é a mesma coisa?
Não. Terapia gênica constitui a inserção de um gene saudável em um conjunto de células vivas, porém geneticamente disfuncionais. Já terapia com células-tronco constitui na inserção de células para preencher um espaço originalmente habitado por células que morreram em função de uma doença genética ou adquirida.

É verdade que dois parentes não deveriam ter filhos?
Sim. Como todos nós carregamos alterações genéticas, e essas alterações são similares entre parentes, o fato de dois parentes terem filhos poderia implicar em uma maior probabilidade de duas alterações genéticas iguais serem transmitidas a um filho. Desta forma, doenças genéticas determinadas por
mutações duplicadas aparecem nessas crianças com uma maior frequência. Conheço dois parentes que têm filhos perfeitos, sem doença.

Como se explica isso?
Pode ocorrer, pois estamos falando de probabilidades e não certezas. Entretanto, muitas doenças genéticas aparecem mais tardiamente, desta forma, o fato de eles não apresentarem doenças genéticas identificadas neste exato momento não significa que não as manifestarão em um futuro próximo
por exemplo. Além disso, há doenças genéticas que afetam regiões internas do organismo e, portanto, não são visíveis a olhos nus.

Um a d o e n ç a g e n é t i c a d o s olhos sempre acometerá os dois olhos?
Não. Há casos de doenças genéticas unilaterais. É menos comum mas existe. Um exemplo disso é a retinose pigmentar, que normalmente é bilateral, mas pode ocorrer unilateralmente.

Meu irmão gêmeo tem uma d o e n ç a g e n é t i c a . Vo u  t e r também?
Não necessariamente, pois nossas características corporais dependem não apenas de nosso material genético, mas também do meio externo que nos circunda. Assim, é fácil perceber que dois irmãos gêmeos, um morando no Alasca e outro em algum deserto da África apresentarão aparências
um tanto quanto diferentes.

É possíve l c a r regar o material genético de determinada doença genética e não manifestála?
Sim. Trata-se de um estado em que a doença não penetrou no indivíduo, apesar de ele(a) ter o material genético necessário para que a doença se manifeste. Desta forma é importante
saber que apesar de esta pessoa não ter a doença poderá transmití-la normalmente como se a tivesse.

Miopia é genético?
Normalmente sim, e de uma forma dominante, isto é, passa de uma geração para a geração seguinte.
Ouvi dizer que sensibilidade exce s s i v a à l u z ( fo t o fo b i a ) , pode advir de uma doença
genética.

Isto procede?
Sim. A fotofobia pode sim ser um dos sintomas de uma série de doenças genéticas
importantes como por exemplo o albinismo, as distrofias dos cones, distrofias de córneas, etc.


Revista Condomínios, junho de 2012.

Viaje com segurança e imunizado

Além da revisão tradicional do veículo, a vacinação é um dos procedimentos essenciais para
que o passeio não se torne um pesadelo

Em julho começa o período de férias. Toda viagem requer preparativos como pesquisas sobre passagens, reservas de carro e hotel, compra de roupas adequadas para determinada estação do ano, roteiros de turismo, dentre outros planejamentos. Com tanta correria, muitos esquecem do principal: as vacinas necessárias para aproveitar o passeio com segurança. Sem elas, o viajante está sujeito a
complicações de saúde mais graves do que imagina. Por isso, o recomendável é consultar um médico especializado que indique os imunizantes necessários para o destino escolhido. “Embora todos se
lembrem de checar o automóvel antes de cair na estrada, ainda não é rotina procurar atendimento médico antes de viajar”, ressalta a infectologista Maria Lavinea Figueiredo.

Diferentemente do que muitos pensam esta preocupação não é exclusiva de quem viaja para o exterior ou para destinos exóticos. Dependendo da região do Brasil outras doenças podem ser adquiridas. Assim, pode ser necessário tomar vacinas como a de prevenção da febre amarela.
“É necessário levar em consideração as doenças prevalentes no local, eventuais problemas que possam estar acontecendo naquele lugar”, afirma a médica.

Dados da revista científica The Lancet do Reino Unido mostram que de cada 100 mil viajantes para
áreas em desenvolvimento 50 mil terão algum problema de saúde. Destes cinco mil ficam acamados
e 300 precisam ser internados; 50 necessitam de resgate aéreo e um acaba falecendo. A maior causa de mortalidade (62%) está relacionada a problemas cardiovasculares já as doenças mais comuns são: diarreias, febre alta, lesões cutâneas e Doenças Sexualmente Transmissíveis (DSTs).

Maria Lavinea Figueiredo destaca que após o retorno o viajante precisa ir novamente ao médico. Caso apresente algum problema de saúde, ele deve informar ao especialista suas viagens nos últimos meses, mesmo que curtas e para destinos próximos. Quem voltou sem sintomas, dependendo do tempo e do local de viagem, deve ter a saúde avaliada novamente com um olhar específico para problemas que possam ter sido adquiridos no trajeto.

Fonte: Atalaia Medicina Diagnóstica

Revista Condomínios, junho de 2012. 

segunda-feira, 9 de julho de 2012

Gravidez depois dos 35 anos

Devido à inserção progressiva das mulheres nas universidades e no mercado de trabalho, o sonho da
maternidade tem sido adiado para uma idade em que, muitas vezes, as condições biológicas não colaboram muito para a reprodução. Para falar sobre este assunto acompanhe a entrevista com o ginecologista obstetra Waldemar Naves do Amaral, especialista em reprodução humana.

Waldemar Naves do Amaral
Fertilidade descendente
A gravidez depois dos 35 anos gera algumas dificuldades, tanto no aspecto materno, quanto fetal. Via de regra as mulheres, nessa idade, começam a perder suas chances de engravidar, porque
a fertilidade é descendente a partir dos 35, 37 anos. Ocorre uma perda progressiva na capacidade de ovulação, de fecundação e na implantação. A dificuldade de implantação acontece  primeiro porque o óvulo tem a idade da mulher, segundo porque o endométrio
fica menos receptivo ao embrião.

Risco de malformações fetais
Esta é a dificuldade seguinte, porque aumenta o risco de abortamento devido a alguns detalhes, como malformações. O índice de malformações em fetos de mulheres até 35 anos é em torno de 0,5%, aos 37 anos vai a 2%, aos 40 anos vai a 5% e aos 44 a 10%. Aumenta também os riscos da trissomia do 21, que é a síndrome de Down, trissomia do 18, que é a síndrome de Edwards e a trissomia do 13, que é a Síndrome de Patau. E o surgimento dessas trissomias também ocorre de forma bem
progressiva.

Alterações metabólicas
Além disso, a maioria dessas mulheres apresenta alterações metabólicas, causadas pela própria idade e pelos maus hábitos de vida, como obesidade, hipertensão e diabetes. E todas essas doenças levam ao risco aumentado da pré-eclâmpsia. Então, existe um lado materno alterado, um risco fetal
bem evidente e uma capacidade de gravidez bem menor. Isto significa que as possibilidades de resultados são reduzidas.

Congelamento de óvulo
Porém, é possível contornar e ter uma criança. A mulher que decide ou precisa esperar para ser mãe tem que estar com a saúde preservada. Tem que manter um bom controle alimentar e controle de infecções sexuais, além de evitar os maus hábitos que levam a alterações metabólicas. A parcela das mulheres que procura a maternidade após os 35 anos é cada vez maior. Se a mulher chegou aos
34 anos e não tem parceiro, aconselhamos a fazer o congelamento do óvulo. Aí, mesmo que ela venha a engravidar daí a 5, 10 anos, o óvulo vai estar parado nos 34 anos.

Método confiável
O risco do óvulo apresentar alterações em uma mulher de 42 é muito maior do que a de um óvulo congelado quando ela tem 34 anos, tanto no risco de malformação, quanto de abortamentos. Inclusive, a mulher não sabe que dia o ovário vai parar. A média das mulheres para totalmente de
ovular aos 50 anos, mas a capacidade reprodutiva geralmente só vai até os 44 anos, sendo que algumas param dos 37 aos 44. O congelamento de óvulos com sucesso começou a apresentar
bons resultados em 1996. E tem tido aplicação mais ampla nos últimos sete anos. É algo novo. Mas o que se tem de pesquisa em torno disso é que ele preserva as condições da idade do
momento do congelamento.


Revista Condomínios, junho de 2012.

Horta dentro do condomínio

Contando com ajuda especializada, os moradores de condomínios horizontais têm cultivado hortas.
Além de ser um hobby prazeiroso, os alimentos são mais saudáveis, já que estão livres de agrotóxicos

CRISTINA DE SOUZA MARTINS
BORGES e LUIS ANTÔNIO BORGES
A floricultura Cantinho 3 vem desenvolvendo, há cerca de quatro anos, um projeto de plantio de hortaliças e ervas medicinais dentro de alguns condomínios horizontais. “Fazemos pequenas hortas e estimulamos as crianças e os pais a regar, adubar e colher. As crianças se envolvem bastante nesse processo de cuidar da horta”, conta a sócia-proprietária da Cantinho 3, Cristina de Souza Martins Borges, formada em Educação Ambiental. “Incentivamos bastante as crianças a darem valor no verde do condomínio. Levamos mudas de árvores do Cerrado, contamos com a ajuda das crianças para
o plantio e depois elas vão acompanhar o desenvolvimento delas. Vemos o crescimento das árvores junto com o das crianças”, analisa.

A Floricultura Cantinho 3, que tem 25 anos de atuação, tem como um de seus princípios a preservação ambiental. Por isso, se esforçam em repassar às crianças informações teóricas e práticas que as ajudem a cuidar do verde e as ensinam a cultivar – mesmo que em espaços pequenos – hortas, sem adição de agrotóxicos, para consumo próprio. “Unimos o que é mais saudável aos cuidados com o meio ambiente”, destaca Cristina Borges, informando que a Cantinho 3 trabalha também
na execução de projetos de paisagismo e na execução de manutenção de macro e micro jardins.

Revista Condomínios, junho de 2012.

quinta-feira, 5 de julho de 2012

O tênis como escolha

Faz pouco tempo que Ademar Ferro optou pelo tênis, mas já coleciona troféus em diversos torneios e categorias

ADEMAR FERRO com sua companheira ZEZÍLIA PORTILHO FERRO
Atleta desde a infância, o ortopedista Ademar Martins Ferro foi corredor e jogava futebol e vôlei, até descobrir o tênis há 15 anos. O interesse surgiu ao levar o filho, Fernando Portilho Ferro, para aulas e torneios de tênis. “Fui observando o ambiente e descobri que o tênis era melhor que o futebol. Meu filho ainda era criança. Comecei a fazer as aulas. Agora, meu filho também é médico ortopedista e jogamos juntos”, se alegra. As partidas com Fernando são esparsas, já que ele está finalizando a R4 em Ortopedia em São Paulo e vem pouco a Goiânia.

Nestes 15 anos Ademar Ferro já participou de várias competições e conquistou vários troféus. “Tenho em torno de 50 troféus em minha estante. Falta espaço para tantos. Minha mulher não quer que eu ganhe mais torneios porque não há mais lugar onde colocar meus troféus. Vou ter que fazer um
‘puxadinho’”, brinca o médico, completando que o troféu mais importante foi o que ganhou durante um torneio da Confederação Brasileira do Tênis, em Porto Seguro, quando venceu na categoria Sênior e levou dois outros prêmios como vice-campeão. Apesar de achar que não há espaço para tantos troféus, a esposa, a pediatra Zezília Portilho Ferro, é sua principal torcedora, assegura o médico.

Um torneio anual do qual participa é o do Kaikan, organizado pela Associação Nipo Brasileira de Goiás. Este ano, inclusive, comemora-se o centenário da entidade e idade das duplas que competem tem que somar 100 anos. “Já participei três vezes deste torneio e fui campeão ano passado. Este ano
eu saí na primeira rodada. Fiz parceria com o Hilton Stival e saímos logo na primeira porque o meu parceiro se machucou, teve uma lesão”, esclarece.

Ademar diz que joga de três a quatro vezes por semana. “O tênis dá bem-estar. É um esporte perfeito para mim. Sou um homem que gosta das coisas bem certinhas”, declara, acrescentando que o esporte costuma ser apreciado por pessoas que se caracterizam pela honestidade e lealdade. Outro ponto positivo citado pelo ortopedista é que o tênis depende de menos parceiros. “Embora seja
um esporte que exige muito fisicamente, apresenta menos riscos de lesões do que o esporte mais popular do país, o futebol”, compara

Revista da Sociedade Brasileira de Ortopedia e Traumatologia - Goiás, junho de 2012.