quinta-feira, 9 de junho de 2011

Para quem são indicados os alimentos diet e light

Os produtos diet e light estão presentes em mais de 35% dos lares brasileiros, segundo uma pesquisa recente divulgada pela Associação Brasileira da Indústria de Alimentos Dietéticos (Abiad). O consumo só aumenta: de 1998 a 2008, o crescimento foi de 800%. Mesmo assim, muita gente tem dúvidas a respeito das diferenças entre diet e light. Os dois tipos ajudam a emagrecer? E, afinal, refrigerante zero é a mesma coisa que light?

“Alimentos dietéticos ou diet são alimentos para fins especiais que apresentam restrição de um dos nutrientes na sua composição, não sendo necessariamente açúcar (carboidrato), podem ser outros, como proteína, sódio, gordura. Já o termo light designa alimentos que apresentam diminuição total ou no mínimo de 25% de um ingrediente em relação ao produto convencional”, explica a nutricionista sanitarista Mônica Laboissiere Camargos, pós-graduada em Nutrição Esportiva e Saúde Pública.

Ela frisa que os alimentos diet e light podem ser ou não saudáveis. “Leite light é um alimento saudável, já refrigerante light não é saudável”, exemplifica, acrescentando que é preciso observar primeiro se o alimento é realmente diet e em qual aspecto: proteína, carboidrato ou gordura; e se é light qual a porcentagem  do nutriente, e se não tem em excesso outro que poderia prejudicar a saúde. “Como exemplo, temos algumas bebidas zero que não têm açúcar mas tem grande quantidade de sódio”.

Segundo a nutricionista, os alimentos diet devem ser consumidos por pessoas que têm restrições alimentares específicas. “Os alimentos diet que não contêm açúcar são indicados para diabéticos, os alimentos diet de proteína do leite são para quem apresenta alergia à proteína do leite, e assim por diante”, orienta.

Já as pessoas que querem perder peso, podem optar por alimentos light. “Mas o mais importante do que usar produtos light, que infelizmente são de alto custo, é manter uma alimentação equilibrada e com a quantidade de calorias necessária para atingir a meta”, ressalva.

Mônica avisa que alguns alimentos diet e light são contraindicados para crianças e gestantes. “Por ter uma quantidade grande de aspartame, esses alimentos podem levar à predisposição da fenicetonuria nas gestantes, que é uma doença genética, que transforma um aminoácido comum encontrado nos alimentos em toxina para o cérebro e pode provocar retardo metal permanente no bebê”, informa.
Já para as crianças, a nutricionista diz que uma grande restrição de gordura prejudicará a absorção de vitaminas e muitas vezes também o uso e consumo adequado de carboidrato, substâncias essenciais para a fase de crescimento.

Ela aconselha ainda que, antes de começar a consumir produtos light e/ou diet, deve-se passar por uma avaliação com um especialista em alimentação. “O correto é procurar ter uma alimentação equilibrada e um acompanhamento especializado. Com isso, na maioria das vezes, não há necessidade de usar nem diet nem light”, conclui.

Revista Diabetes em Goiás, junho de 2011

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