terça-feira, 6 de setembro de 2011

Tumores benignos e malignos – entenda as diferenças

Tumor é um termo genérico que indica um aumento anormal de uma parte ou da totalidade
de um tecido, mas eles podem ser benignos ou malignos. “Um tumor benigno se apresenta como
um nódulo de crescimento lento, bem delimitado, indolor, móvel em relação aos tecidos vizinhos
(sem infiltração)", explica o oncologista Wilmar José Manoel. “O diagnóstico é feito pela história e
exame clínico, seguido de exames complementares, biópsia e exame anatomopatológico”. Confira a
entrevista.


CARACTERÍSTICAS DA BENIGNIDADE
Um tumor é chamado de benigno quando as características macro e microscópicas são consideradas relativamente inocentes, o que implica que esses tumores não se disseminam para outros sítios e geralmente são passíveis de ressecção cirúrgica e o paciente, na maioria das vezes, sobrevive sem
maiores mutilações. É necessário observar que tumores benignos podem, eventualmente, se apresentar como nódulos múltiplos ou com características de infiltração nos tecidos vizinhos o que às vezes os tornam responsáveis por doenças extremamente sérias, mutilantes e às vezes incuráveis.

O diagnóstico é feito pela história e exame clínico, seguido de exames complementares, biópsia e exame anatomopatológico. Por exemplo, um tumor benigno de mama que se apresenta como um nódulo de crescimento lento, bem delimitado, indolor, móvel em relação aos tecidos vizinhos (sem
infiltração) e na mamografia e na ultrassonografia apresenta características de benignidade, a biópsia e o anatomopatológico confirmam tratar-se de patologia benigna.

QUANDO SÃO MALIGNOS
Por outro lado, os tumores malignos, denominados de câncer, palavra latina para caranguejo, é designada assim pelo seu caráter de aderir firmemente e infiltrar os tecidos vizinhos, que significa que a lesão infiltra e destrói os tecidos vizinhos, além da capacidade de disseminar e atingir órgãos
e estruturas distantes do local onde se originou a lesão. Um exemplo seria um câncer de mama com disseminação para ossos, pulmão, fígado, etc...o que leva na maioria das vezes
à morte. É preciso frisar que nem todos os cânceres são incuráveis. Alguns são diagnosticados em fases iniciais e o índice de cura nesses casos é alto.

FATORES DE RISCO
Não existe um fator de risco único para todos os tumores benignos, mas como definiu o oncologista britânico Willis: "Uma neoplasia (benigna ou maligna) é uma massa anormal de tecido com crescimento desordenado, diferente do crescimento do tecido normal que persiste da mesma maneira
excessiva após cessar o estímulo que lhe deu origem". Isto significa que qualquer estímulo que leva a célula à divisão desordenada representa fator de risco, isso inclui fatores que levam a alteração do DNA da célula, como por exemplo radiação, agentes químicos, herança genética, etc...

TRATAMENTO
O tratamento dos tumores benignos é cirúrgico, ficando a radioterapia, a quimioterapia e outros procedimentos reservados aos tumores malignos.

Revista Vida Nova, agosto de 2011.

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