terça-feira, 30 de outubro de 2012

Rotina de exames é essencial para a prevenção. Consulte um mastologista

Aspectos hormonais, genéticos e hábitos inadequados contribuem para o surgimento da doença

Os principais fatores de risco para o câncer de mama estão ligados à idade, aspectos hormonais (endócrinos), hábitos inadequados e genéticos. “Sabemos que após os 40 anos a incidência aumenta bastante. Por isso, nesta faixa etária acumulamos as rotinas e os cuidados”, afirma o mastologista Geraldo Queiroz.

Dentre os fatores hormonais, o principal é a primeira menstruação precoce, isto é, abaixo dos 12 anos, pois colocaria a mulher em exposição ao estrogênio por tempo prolongado, hormônio que, acreditam os especialistas, seria um dos desencadeadores ou promotores do câncer de mama. Assim, a menopausa tardia, acima de 50 anos, também aumentaria o risco, e a terapia hormonal, que tem como principal substância o estrogênio, tem resultado em um aumento do câncer de mama, sendo desaconselhado pelos mastologistas.

Outro elemento hormonal citado pelo mastologista é a ausência de filhos e a idade da primeira gravidez, isto é, mulheres que deixam para engravidar após os 30 anos têm mais riscos. “Sabemos que a progesterona, um dos principais hormônios da gestação, estimula e amadurece o epitélio da glândula mamária, fazendo com isso uma proteção deste epitélio; e a amamentação surte o mesmo efeito”, salienta.

Os hábitos saudáveis, destaca o mastologista, são os mesmos indicados para auxiliar no tratamento de todas as patologias: atividade física, não ingestão de álcool e fumo, alimentação adequada, evitando o sobrepeso e a obesidade, e combate ao stress. Geraldo lembra ainda que a rotina dos exames adequados são essenciais para prevenção.

Em casos de hereditariedade, quando a mulher apresentar na família em primeiro grau casos de câncer de mama e ovário antes dos 40 anos , o médico esclarece que deve ser feito um teste genético-BRCA 1 e 2, e comprovado o risco, eles deverão ser acompanhados por um período mais curto, de seis em seis meses, com exames de rastreamento precoce.

O especialista diz ainda que, nestes casos de risco genético, houve tentativas de tratamento como prevenção, mas que os resultados ainda são controversos. “A  mastectomia profilática (retirada dos seios antes do surgimento de tumores) tem que ser indicada em casos específicos, com aconselhamento genético, pois estas pacientes apresentam risco aumentado não somente para mama, mas também para ovário, cólon e endométrio. E o tratamento cirúrgico preventivo traria uma perda de qualidade de vida. Nos casos  de alto risco a melhor conduta é maior vigilância”, pontua.

Nenhum comentário:

Postar um comentário