quarta-feira, 31 de outubro de 2012

Nova gestão da ABES Nacional conta com seis goianos

Confira a opinião de três deles, que informam o que pretendem fazer para que os avanços do saneamento básico e da entidade continuem

As eleições para a escolha dos dirigentes da Associação Brasileira de Engenharia Sanitária e Ambiental (ABES) para o biênio 2013/2014, realizadas nos dias 14 e 15 de junho, definiram como presidente o engenheiro Dante Ragazzi Paula (SP) e renovaram os cargos da Diretoria Nacional, do Conselho Fiscal e do Conselho Diretor. De Goiás, Edson Filizzola compõe a Diretoria, Marisa Pignataro e Maura Silva são membros do Conselho Diretor e José Vicente Granato de Araújo membro do Conselho fiscal. A posse da Diretoria foi realizada no dia 30 de agosto na sede da entidade em São Paulo e contou com a participação de diversas autoridades locais.

O novo presidente fez um pronunciamento entusiasmado, focando uma nova administração descentralizada com participação ativa em todos os lados do saneamento e da área ambiental. Dante lembrou que há alguns anos o setor lutava por regulamentação e por recursos e que hoje tem a regulamentação, “embora não ideal”, e também tem recursos, “embora insuficientes”. Cassilda Teixeira de Carvalho, que passou o bastão a Dante, após ocupar a presidência da ABES por dois mandatos, disse estar convencida de que os que a sucedem vão dar continuidade ao seu trabalho e avançar ainda mais.

Representatividade
Edson Filizzola, que já fez parte do Conselho Diretor da Nacional por diversas vezes, participa da Diretoria pela primeira vez. Ele assegura que a ABES não concentra suas ações no eixo Rio-SP-MG como antes, e que atualmente a ABES é reconhecida e participativa em todo o país. “Pretendo fazer com que o Centro-Oeste se destaque, aproveitando principalmente o 27º Congresso Nacional do setor que será realizado aqui em Goiânia em setembro 2013. A região carece de oportunidades de eventos desta importância”, diz, complementando que o congresso, que acontece de dois em dois anos, um dos maiores do setor no mundo e já reconhecido mundialmente, congregando especialistas, profissionais, acadêmicos de todo o país reúne lideranças durante quatro dias, discutindo, reconhecendo novas técnicas ou produtos, aprendendo com colegas, onde propostas e opiniões alteram o rumo do saneamento e meio ambiente do país.

Filizzola diz ainda que no desempenho de suas funções, as prioridades serão a defesa do Cerrado e do Pantanal e a busca da universalização do saneamento, que no Centro-Oeste é adverso entre os estados e o DF. O engenheiro destaca que a ABES é uma entidade com mais de 45 anos de colaboração ao setor de saneamento do país e que nestes anos tem tido como um de seus principais papéis a capacitação dos profissionais do setor. “Sobretudo pelo fato de não haver academia no início da implantação de sistemas urbanos de saneamento, especialização nesta área”, destaca.

Ele aponta ainda que a ABES foi uma das entidades do setor que mais lutou pelo atual marco regulatório, aguardado por mais de 20 anos. “Precisamos agora, com o marco regulatório, saltar em números de pessoas atendidas, porém com profissionalismo e técnica apurada. Não podemos permitir que o atraso do setor, evidenciado há anos, seja agora, com tempestades de ideias ou propostas lançadas a qualquer forma, estimulado a alterar o que de bom está realizado”, contrapõe, convocando os colegas para a batalha pela tão sonhada e merecedora universalização do atendimento com água e esgoto. “Sem nos esquecermos dos resíduos sólidos e drenagem urbana que tanto nos afeta”.

Maura Francisca da Silva, eleita membro Conselho Diretor da ABES, participa pela primeira vez de uma gestão na entidade nacional, mas já tem a experiência de diversos cargos ocupados na ABES-GO, onde atualmente desempenha a função de secretária. “Tenho a expectativa de atuar com opiniões sensatas e votar nas decisões que eu acreditar que são importantes para a ABES, tanto nacional quanto para nossa regional”, frisa, lembrando que a grande tarefa do momento é apoiar a ABES Nacional na preparação do 27º Congresso.

A engenheira ressalta que a ABES é a mais antiga e atuante entidade do setor de saneamento ambiental brasileiro e está presente em vários conselhos de âmbito ambiental em todo o Brasil e em todas as discussões do setor.

“Possuímos publicações das revistas Bio e Engenharia Sanitária e Ambiental, além de uma programação de cursos que acontecem por todo o país, promovendo o desenvolvimento dos profissionais que atuam no Saneamento”, reitera. “Enfim, é uma grande honra fazer parte desta entidade tão importante para o desenvolvimento do saneamento do país”, conclui.

José Vicente Granato de Araújo faz parte do Conselho Fiscal, composto por cinco membros sendo três titulares e dois suplentes, mas ele já atuou como membro do Conselho Diretor por duas gestões. Como é o único representante de Goiás, e o próximo Congresso Nacional da ABES será realizado em Goiânia, ele lembra que representará um papel importante, já que estará responsável por equacionar as receitas com as despesas para realizar o maior evento nacional na área de Saneamento básico e Ambiental. “Vamos também aplicar práticas de coleta seletiva e reciclagem dos resíduos gerados no Congresso de Goiânia para servir como exemplo para outros eventos realizados em Centros de Convenções pelo país”, afirma.

Para ele, a ABES, além de congregar os profissionais mais especializados em todos os segmentos do Saneamento no Brasil, representa também um papel de destaque na busca de soluções econômicas para a universalização do saneamento no Brasil, que é um desejo de todos. “Como o saneamento básico e ambiental, representa um estágio na medicina preventiva, a ABES estará dessa forma contribuindo para a saúde e uma melhor condição de vida para a população brasileira, especialmente para a classe de baixa renda”, pontua.


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