quinta-feira, 18 de outubro de 2012

Campanha “Outubro Rosa” alerta para a prevenção ao câncer de mama

A SBM-GO apoia a campanha de conscientização na luta contra esta doença, que é a segunda neoplasia que mais atinge as mulheres em países desenvolvidos e em desenvolvimento

JUAREZ ANTÔNIO DE SOUZA, mastologista

Com o objetivo de chamar atenção para a realidade atual do câncer de mama e a importância do diagnóstico precoce, o mês de outubro é marcado, em todo o mundo, por um reforço nas ações de combate ao câncer, principalmente os que mais afetam as mulheres, como os do colo do útero e o de mama. “É o momento para lembrar a importância do diagnóstico precoce, como também alertar sobre os fatores de riscos que podem desencadear o câncer de mama. Mudança de hábitos de vida é fundamental para prevenirmos esta doença que ainda vitima milhares de mulheres diariamente”, afirma o presidente da Sociedade Brasileira de Mastologia - Regional Goiás, Juarez Antônio de Sousa.

A campanha “Outubro Rosa” chegou ao Brasil em 2008, por iniciativa da Federação Brasileira de Instituições Filantrópicas de Apoio à Saúde da Mama (Femama), baseada em outro movimento surgido um ano antes, na Califórnia, Estados Unidos, igualmente empenhado em conscientizar as mulheres sobre a importância do diagnóstico precoce. “Para prevenção e também diagnóstico precoce é essencial que a mulher acima dos 40 anos mantenha o hábito de realizar mamografia anualmente. E aquela que já tem casos de câncer de mama na família deve fazer a partir do 35 anos”, orienta o especialista. “Tumores de até 1,5 cm possuem uma probabilidade maior de chances de cura e preservação da mama”, destaca.

No Brasil, estimativas do Instituto Nacional de Câncer (Inca), indicam que a doença será responsável por 52.680 novos casos até o fim do ano. A neoplasia fica atrás somente do câncer de pele em número de incidências e é o que mais acomete mulheres em países desenvolvidos e em desenvolvimento. “A incidência vem aumentando nos últimos anos e, entre as razões, está o fato das  mulheres engravidarem mais tarde e amamentarem menos. Além disso, tendem a ter maior índice de obesidade, ingerem mais bebida alcoólica e consomem mais alimentos industrializados”, aponta o mastologista.

Entretanto, existem também os fatores de risco para o câncer de mama, que estão ligados a aspectos hormonais, genéticos e idade. “Correm mais risco de desenvolver a doença mulheres que tiveram a primeira menstruação antes dos 12 anos, aquelas que entraram na menopausa após os 50 anos, quem teve a primeira gravidez após os 30 anos, aquelas que passaram por terapia de reposição hormonal pós-menopausa por mais de cinco anos, ou mesmo quem passou por radioterapia antes dos 40 anos. Vale lembrar que histórico familiar, principalmente em parentes de primeiro grau antes dos 50 anos, podem indicar predisposição genética”, detalha.

O principal sinal de câncer é o nódulo, acompanhado ou não de dor mamária. O auto exame, tão propagado nos anos 1990 como primordial na detecção da doença, não tem se mostrado eficaz na descoberta precoce. “Ele continua sendo recomendado, mas preferimos a mamografia, que costuma ser mais precisa. E as mulheres precisam repensar seus hábitos, pois a saúde, em muitos casos, tem sempre ficado em segundo plano por causa das tarefas do dia a dia”, alerta Juarez.

A prevenção, ferramenta que pode ajudar a reverter esses índices, é dividida em dois tipos. “Na prevenção primária, com a qual reduzimos o risco de a mulher desenvolver a doença, aconselhamos uma alimentação balanceada, evitando excessos e sobrepeso, assim como o tabagismo e menor ingestão de bebida alcoólica. Além disso, a atividade física regular quatro vezes por semana é essencial. Já a prevenção secundária, ou seja, quando o câncer já existe e é detectado na fase inicial, é feito por meio do exame mamografia”, conclui. 

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