quarta-feira, 8 de agosto de 2012

Doença em formato de pinheiro é mais comum nas mulheres

ZEISA TEIXEIRA HOHL diz que dificilmente a doença volta a aparecer em um mesmo paciente
Embora tenha cura espontânea, a pitiríase rósea causa erupção na pele e pode vir acompanhada de coceira 



A pitiríase rósea é uma doença eruptiva de causa controversa, segundo a nutrologista e dermatologista Zeisa Teixeira Hohl. “As características clínicas da doença, o maior número de casos em determinadas épocas do ano – principalmente no outono –, alterações imunes e achados de DNA viral em pacientes acometidos, sugerem uma relação da doença com alguma virose, hipótese ainda não confirmada”, conceitualiza.

De acordo com ela, a pitiríase rósea é mais comum nas mulheres do que nos homens e não é contagiosa. Inicialmente surge uma lesão primária, denonimada de "medalhão", com uma forma ovalada, com cerca de 2 a 5 cm diâmetro, que precede por alguns dias o surgimento de uma erupção cutânea. “A erupção subsequente atinge principalmente o tronco e a raíz dos membros, sendo rara nas extremidades e na face. É formada por manchas ovaladas, de coloração rosada e com descamação na parte interna das bordas”, enumera, destacando que a descamação pode ser observada esticando-se a pele.
A intensidade e o número de lesões varia bastante, conforme Zeisa, indo de algumas poucas a inúmeras, e uma característica importante é a distribuição das lesões no tronco, que seguem a direção das costelas, adquirindo, com a coluna vertebral, um aspecto de pinheiro. Além disso, não costuma provocar outros sintomas importantes, sendo que coceira ocorre somente em alguns casos.

A dermatologista afirma que doença tem cura espontânea em cerca de dois a quatro meses e raramente voltar a aparecer num mesmo paciente. No entanto, alguns tratamentos podem ser instituídos para abreviar a duração da doença, principalmente nos casos mais intensos ou acompanhados de coceira. “O diagnóstico correto e a escolha do tratamento indicado para cada caso devem ser determinados pelo médico dermatologista”, conclui.

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