segunda-feira, 13 de agosto de 2012

Controlar o peso é sinônimo de longevidade

Para o acréscimo da expectativa colaboram os cuidados com a saúde, a prevenção de doenças e as maiores opções de tratamento e cura de diversas enfermidades. Mas a obesidade vai na contramão de tudo isto

O aumento da expectativa de vida foi uma das maiores vitórias conquistadas pela humanidade no
século XX. Avanços científicos que resultaram em vacinas, antibióticos e até melhores condições sanitárias acrescentaram cerca de três décadas ao tempo de vida médio, principalmente em países desenvolvidos.

 No entanto, o também crescente número de pessoas com obesidade, poder reverter essas vantagens. “A obesidade é uma doença preocupante. E pode diminuir a expectativa de vida, já que ela aumenta o número de doenças cardiovasculares, a predisposição para acidente vascular cerebral, diabetes
e os cânceres. Isso diminui tanto a qualidade quanto a expectativa de vida”, afirma a ginecologista-obstetra Mara Sandra Coelho Bezerra do Amaral, diretora técnica  do Hospital da Polícia Militar de Goiás.

Mara frisa que para mudar esta realidade é preciso uma rígida mudança de hábitos, que começa por uma alimentação saudável, seguida por uma atividade física adequada, o abandono de hábitos nocivos, como o tabagismo e a ingestão frequente de bebidas alcoólicas. “Esses são pontos
fundamentais para melhorar a qualidade de vida”, reitera.

A alimentação saudável aconselhada por Mara deve ser composta pr incipalmente por proteínas,
carboidratos, gorduras que contenham ômega3, fibras, cálcio, minerais e vitaminas. “A alimentação deve ser variada, colorida e sem excessos.

Essa é a dieta adequada”, declara a ginecologista-obstetra. Segundo ela, mesmo a carne
vermelha, que pode ser prejudicial se consumida em excesso, também é necessária a um funcionamento pleno do organismo. “A carne vermelha é gordurosa, possui maior toxicidade
que outras carnes e tem um ácido, chamado de ácido araquidônico, que sobrecarrega os rins e também aumenta a inflamação do organismo”, enumera Mara. “No entanto, a carne vermelha
é uma excelente fonte de proteínas, é rica em vitamina B12, ajuda na produção dos glóbulos vermelhos e combate a anemia. Isso significa que ela é fundamental na nossa alimentação”,
contrapõe. Só que o ideal seria cerca de 120 gramas por semana, algo bem abaixo do que é consumido pela maioria da população, e aí, conforme a médica, são aumentados os riscos
de desenvolver, além de cânceres e doenças cardiovasculares, até mesmo degeneração da retina nos olhos.

Cuidados
Mara do Amaral lembra que, antes de começar atividade física, é preciso passar por uma avaliação médica, porque nem todo mundo pode fazer exercício físico, sobretudo se a pessoa for obesa. Nesse caso, geralmente é preciso se submeter também a exames. “No caso de uma pessoa que tem
aneurisma, hipertensão conjugada com diabetes descompensado, por exemplo, a atividade física pode até deixar de ser uma coisa boa”, avisa, orientando que é preciso tratar primeiro estes problemas
antes de se lançar na malhação.

Depois de liberada para a atividade física, a pessoa necessita manter uma regularidade. O ideal seria se exercitar diariamente, mas com a vida corrida, a ginecologista obstetra diz que três vezes por semana são suficientes. Para os exercícios, ela lembra que é importante tomar bastante líquidos para
não desidratar e fazer uma reposição de carboidratos, proteínas e minerais antes e depois da prática de atividade física. Ela lembra ainda que o indicado são tecidos leves e tênis apropriado, o que pode ser obtido com o auxílio de um educador físico ou fisioterapeuta.

“Todos nós precisamos buscar a mudança dos hábitos de vida para viver com mais qualidade. Fazer um checkup constante, monitorar o colesterol, a glicemia, a pressão arterial, evitar alimentos ricos em gordura, como as frituras, os muito ricos em carboidratos, os alimentos muito salgados e muito
ricos em sódio. O controle do peso deve ser uma constante”, conclui.

Jornal Obesidade em Goiás, agosto de 2012.

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