quarta-feira, 15 de agosto de 2012

Clareadores e suplementação nutricional são fundamentais para tratamento de melasma

A doença acomete principalmente mulheres na fase adulta que são frequentemente expostas ao sol ou por fatores genéticos e hormonais

Weder Willian, especialista em Nutrologia Médica

Manchas escurecidas no rosto que retornam à pele dias após o tratamento podem ser sintoma de melasma, uma hiperpigmentação da epiderme que aparece por volta dos 30 anos de idade e que acomete principalmente as mulheres. É o que esclarece o médico Weder Willian, especialista em Nutrologia Médica, mestrando em Gerontologia e com área de atuação em Cosmetologia. “O melasma é uma desregulamentação da célula produtora de melanina, o melanócito. Quando a paciente toma sol, um grupo de células produz maior pigmentação que outro por a área estar hipersensibilizada. Assim, a pele fica escura”, detalha.

Dr. Weder William explica que a doença possui causas genéticas, mas também pode estar associada à frequência de exposição da mulher aos raios ultravioletas, principalmente do sol, e à gestação, conseqüente do fator hormonal. “Após a gestação ocorre a chamada mancha da gravidez. Mas há pacientes que não são gestantes, nunca foram e que possuem o melasma”, lembra, acrescentando que, embora 90% das pessoas atingidas sejam mulheres, a doença atinge também 10% da população masculina.

A doença se manifesta exclusivamente no rosto e não possui cura. Por isso é fundamental que seja feita uma prevenção contínua com a diminuição do contato com raios solares. “É provado que mesmo em pacientes que possuem genética propícia ao melasma, se elas possuem baixa exposição ao sol não desenvolvem a doença. Mas se for muito exposta principalmente na idade jovem possui muitas chances”, fundamenta Dr. Weder.

Ele explica que existe um desenho do melasma completo, que parece uma asa de borboleta, quando grave. Mas não é regra, pode haver manchas espalhadas pelo rosto que são melasma e que só serão descobertas com diagnóstico específico ou quando feito o clareamento ela retornar. O primeiro passo para o diagnóstico é fazer um checkup hormonal, de microelementos como cálcio, zinco e magnésio e de Hormônio. “Isso ajuda alinhar as células produtoras de melanina. Os hormônios que devem ser avaliados são os femininos como LH, Estrógeno, Progesterona, Testosterona, Dhea e o Cortisol, mas a medicina não sabe exatamente o que os fazem disparar”, esclarece.

O diagnóstico mais preciso é feito por meio da Lampada de Wood. Ela possui uma ultravioleta que possibilita enxergar o melhor reflexo da mancha. “Com o aparelho, o médico pode visualizar manchas que não são possíveis de serem vistas a olho nú, avaliando com precisão a camada de melanina”, explica Dr. Weder. Ele relembra que o melasma pode ser descoberto com o retorno da mesma mancha ao local onde foi tratada.

A importância da nutrologia
No tratamento são utilizados clareadores tradicionais, chamados cremes tópicos, aliados à suplementação orgânica. Dr. Weder afirma que se no organismo estiverem faltando os microelementos, a pele fica mais desidratada e há diminuição da produção do colágeno. Dando “vitaminas” para a pele, ela consegue responder melhor ao tratamento. “Ao fazermos uma avaliação por meio do exame de sangue, direcionaremos o tratamento nutricional com aquilo que a paciente necessita”, completa. A pele respondendo positivamente, há uma ajuda para todo o corpo pois os sistemas estão envolvidos.



Revista Dermatologia em Goiás, agosto de 2012.


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