segunda-feira, 4 de junho de 2012

Pintas na pele devem ser examinadas com cuidado e periodicamente

Pessoas de pele clara e com muitas pintas devem observar sempre se elas não mudam de formato,
cor ou mesmo de tamanho, estas alterações podem indicar uma transformação maligna
MARCOS SÉRGIO CARILLI: “as pintas comuns normalmente são marrons escuras, marrons
claras, ou até azuladas”
Quem tem pintas (nevus, segundo o termo científico) deve ficar atento. As mesmas podem se transformar em câncer (melanoma) ou marcar os indivíduos que apresentam maior possibilidade de
desenvolver o mesmo ao longo da vida, o mais agressivo dos cânceres de pele, quem alerta é o dermatologista Marcos Sérgio Carilli Ferreira, que explica como diferenciar uma pinta comum
de um melanoma. “As pintas comuns normalmente são marrons escuras, marrons claras, ou até azuladas, mas geralmente, elas têm menos de meio centímetro, são bem homogêneas e bem
delimitadas. Já o melanoma é assimétrico, apresenta múltiplas cores, costuma ter mais que meio centímetro e as bordas são irregulares. A Sociedade Americana de Dermatologia criou um
parâmetro, chamado de A-B-C-D-E, para auxiliar médicos e pacientes no diagnóstico” (veja no box ao lado).

Carilli salienta que a maioria das pintas não sofre transformação para melanoma, assim como a maioria dos casos de melanoma não surge destas lesões, mas que é preciso observar bem, porque quanto mais pintas a pessoa tem, mais propensa ela está a desenvolver um melanoma. Paciente com
mais de 50 pintas com história na família para melanoma, pele clara olhos claros e múltiplas sardas apresentam maiores probabilidades de desenvolvimento para o câncer melanoma, de acordo com o médico, que frisa ser necessário examinar pinta por pinta periodicamente e em caso de mudança
nas mesmas é necessário a avaliação dermatológica que determinará a necessidade ou não da retirada da mesma. “No caso de indivíduos de alto risco achamos imperioso o seguimento com o dermatologista periodicamente”, destaca. 

Dermastocopia
É exame realizado pelo dermatologista com auxilio de uma lente especial (um microscópio de superfície). O exame é principalmente realizado para fins de diagnóstico do melanoma, com este aparelho verifica-se estruturas e cores das pintas. O A B C D E clínico é o método mais usado para exame das pintas. A avaliação clínica pode incidir em um erro diagnostico de até 1/3 dos casos, com o auxilio da dermatoscopia o erro do diagnóstico para melanoma diminui para 8% sendo uma método importante para o sucesso no diagnóstico do melanoma inicial dando assim maior chance de cura para o paciente.

Guia elaborado pela Sociedade Americana de Dermatologia
A - Assimetria: as pintas comuns costumam ter formas simétricas, geralmente ovais ou arredondadas. O melanoma é geralmente assimétrico. 
B - Bordas: os melanomas têm bordas irregulares e que se confundem com a pele normal. As pintas sempre têm bordas regulares e bem definidas. 
C - Cor: os melanomas costumam ter variações de cor dentro da mesma lesão, apresentando algumas áreas com coloração diferente ou de maior intensidade. 
D - Diâmetro: as pintas comuns não costumam crescer para além de 5mm (0,5cm) de diâmetro. Os melanomas podem começar pequenos, mas lesões com mais de 5mm são características deste tipo de câncer de pele. 
E - Evolução: pintas que mudam formato, cor ou tamanho ao longo do tempo são sempre consideradas lesões passivas de serem câncer de pele. Se uma pinta começar a sangrar, a ulcerar ou a coçar, também deve ser considerada suspeita.

Revista Dermatologia em Goiás, maio de 2012.

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