terça-feira, 5 de junho de 2012

Mágica para acabar com o problema da saúde

Por Lúcia Helena Meluzzi | Presidente da Sociedade Goiana de Oftalmologia



Caros amigos, de fato nossa luta não nos dá trégua. Tivemos no último dia 31 de maio A Frente Parlamentar Mista Pró-Optometria, lançada em café da manhã oficial. O presidente da frente foi o deputado Lourival Mendes (PTdoB-MA), o 1º vice-presidente, o deputado Izalci (PR-DF), tendo como 2º vice-presidente o senador Rodrigo Rollemberg (PSB-DF).
Entidades ligadas à optometria fizeram passeata à tarde para apoiar o Projeto de Lei n° 369/11, do deputado Marçal Filho (PMDB-MS), que regulamenta a profissão de optometrista.
Não bastasse a luta com nossa própria categoria, a Oftalmologia, ainda temos que nos haver com toda a classe médica que está constantemente ameçada. O sistema de saúde representa apenas 8% do PIB, no entanto vemos invariavelmente notícias de que em muitos municípios nem o mínimo obrigatório foi gasto com a saúde.
Agora a mágica para resolver este grave problema vem com a ideia de governantes de facilitarem as validações dos diplomas de médicos formados, muitas vezes em duvidosas qualificações, no exterior, digo Bolívia, e Cuba principalmente. Para estes mesmos governantes a corrupção e o descaso não entram na pauta discursiva da questão. O índice de reprovação destes médicos com o sistema atual é de 98%. Não resta dúvida, estamos diante de uma solução criminosa.
O Brasil só perde para a Índia no número de escolas de medicina. Vencemos até os EUA, porém a abertura de mais escolas de medicina (não importa o padrão de ensino) no país também é outra solução mágica para acabar com o problema da saúde. Temos hoje 185 escolas de medicina no Brasil e a maioria é particular. É o curso mais lucrativo das faculdades e com baixo nível de abandono e reprovação, ou seja, é rentabilidade garantida para os empresários, donos dessas escolas. E onde está o MEC para garantir a qualidade?
Se não estivermos juntos nesta luta, as próximas gerações sofrerão as consequências dos absurdos de hoje e nós não podemos ser lembrados por nossa omissão.

Jornal da Sociedade Goiana de Oftalmologia, maio de 2012.

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