quarta-feira, 18 de abril de 2012

Saúde ocular também depende da exposição ao sol

Oftalmologista aconselha chapéu com aba, óculos com proteção aos raios UV e evitar olhar diretamente para o astro rei

Com a camada de ozônio cada vez mais rarefeita devido aos danos ambientais provocados pelos humanos, os raios ultravioleta, nocivos à saúde, são emitidos com cada vez mais intensidade. E algumas de sua piores consequências podem se manifestar nos olhos. “A exposição repetida à radiação UV causa tantos problemas oculares de curto prazo, como irritações leves, piscar em excesso, inchaço ou difi culdade de olhar para a luz intensa, quanto dano ocular permanente.

Pode causar fotoceratite aguda (uma queimadura solar da córnea), assim como cegueira pelo refl exo solar ou de faíscas de solda. Longos períodos de exposição podem levar a danos mais graves, como cataratas, pterígio, câncer de conjuntiva e câncer de pele nas pálpebras e ao redor dos olhos”, alerta o oftalmologista Hudson de Carvalho Nakamura. Ele explica que os olhos são estruturas complexas sensíveis, que têm no seu polo posterior a retina (parte de trás, como o fi lme de uma câmera fotográfi ca), onde há células fotorreceptoras, nervosas e epiteliais que captam a luz, promovendo reações que traduzem o objeto visualizado em imagens, numa interação com o cérebro dos estímulos visuais. “Os raios ultravioleta poderiam, assim, danifi car essas células e impedir a correta formação da imagem, principalmente devido ao efeito danoso desses raios na retina”, frisa. “A maculopatia fótica é bastante comum em pessoas que tem a área visual central (mácula) literalmente queimada devido à exposição solar”, continua.

Para prevenir estes problemas, Nakamura aconselha que se evite olhar diretamente para o sol, e seja usada proteção adequada como chapéu com aba e óculos escuros que tenham propriedades de proteção contra os raios ultravioleta. “Se houver lesão devido ao sol, com comprometimento dos fotorreceptores e alterações do epitélio pigmentar da retina, essa situação é irreversível. Daí a importância da prevenção”, orienta.

Revista Oftalmologia em Goiás, março de 2012.

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