Comodismo não faz parte da trajetória de JOSÉ LUIZ MARTINS ARAÚJO. Ele faz questão de inovar sempre para superar com sucesso novos desafios |
José Luiz Martins Araújo, radialista e sócio-proprietário da Rádio Interativa FM, decidiu qual profissão queria seguir quando visitou uma rádio ainda criança. Em 1979 começou em emissoras AM, mas seu sonho sempre foi ser locutor de FM. Depois de passar pela Rádio Cidade (hoje, Terra), Antena 1, Rádio 99, em Goiânia, Rádio 93 FM, em Brasília, o radialista voltou para Goiânia e assumiu a 99 FM. Em 1994, tornou-se empresário no segmento e trouxe para Goiânia a Jovem Pan. Para atender a necessidade do público jovem goiano, decidiu investir na criação da própria rádio. Em fevereiro de 1999 entrou no ar a Rádio Interativa FM com programação local, hoje líder de audiência na capital. Ele fala da carreira, dos desafios da rádio ser primeira em audiência (no segmento jovem e nos carros) e de ser eleito o radialista mais influente do 8° Prêmio Mais Influentes da Comunicação em Goiás.
Que conquistas merecem destaques para Rádio Interativa?
O maior destaque é o fato da emissora ter conseguido criar um novo modelo de rádio jovem, com jornalismo incorporado, até mesmo um novo estilo de se fazer jornalismo. Hoje ela atinge inclusive crianças, adolescentes, jovens e adultos. Ela conseguiu ampliar seu público. É bem eclética, bem abrangente.
Quais os desafios para a Interativa se tornar líder de audiência?
Os modelos que existiam antes, de rádio jovem, eram focados em música e entretenimento. Colocamos três programas jornalísticos, com excelente audiência, e também campanhas sociais. Creio que o rádio tem que ter um propósito de prestar serviços, conscientizar, fazer campanhas voltadas para a preservação do meio ambiente e de cidadania. O público jovem se identifica. Este é o foco social da nossa emissora.
Quais os novos desafios para o futuro?
Hoje, diante da quantidade de mídias que existem, o desafio é manter o rádio como um meio interessante de investimento e aquisição de conhecimento. O rádio não tem mais a hegemonia, como já teve, assim como nenhum veículo de comunicação tem. Existe concorrência de tudo que é lado, das mídias da internet, das formas de comunicação mais variadas e mais imediatas. O grande desafio é manter o rádio um veículo competitivo dentro dessa gama de opções que só tendem a aumentar.
Qual a importância do primeiro lugar em três categorias no 8° Mais Influentes da Comunicação em Goiás ?
Este é o oitavo prêmio e é a sétima vez que ganhamos (Interativa) e a quarta que ganho como o radialista mais influente. Em oito prêmios, eu ter ganho a metade e a Interativa só ter deixado de ganhar uma vez, tendo ficado em segundo lugar, significa que a marca do veículo é forte. O prêmio tem conceito e credibilidade, sei que é um prêmio sério. Faço questão de mencionar, porque existem alguns em Goiânia que, na verdade, são negociatas. A premiação é motivo de orgulho para mim, inclusive para eu me esforçar para fazer meu trabalho cada vez melhor.
Hoje você atua mais como radialista ou empresário?
Falando do meu trabalho de radialista, mesmo que tenha me tornado empresário, comecei no rádio como locutor e é o trabalho que mais gosto. Ir para o ar funciona até como terapia para o estresse da função de empresário. É um momento em que você fica em contato direto com o público, um horário em que você faz uma espécie de catarse, que você relaxa, porque recebe bastante carinho do público. Quando você consegue ter seu nome lembrado pelo público é a parte mais interessante do trabalho. A grande responsabilidade é apresentar os três programas jornalísticos, nos quais se trata dos mais variados assuntos. Primeiro, tenho que estar o mais informado possível, para não cometer deslizes. Felizmente, nunca fui processado por ter colocado no ar alguma informação falsa, ou ter ofendido a honra de alguém. Tento fazer meu trabalho com muita responsabilidade. E não trabalho apenas no momento em que estou na rádio, mas nos momentos de folga tenho que me munir de informações para desempenhar bem o trabalho. Mesmo viajando de férias, ou em casa descansando, tornei-me ávido por informações.
Revista Marketing em Goiás, julho de 2011.
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