quarta-feira, 9 de fevereiro de 2011

Cirurgia plástica no pós-emagrecimento

Carlos Calixto
Cirurgião Plástico

Em voga na atualidade, a cirurgia bariátrica, nas suas mais variadas técnicas e vertentes, é apenas o primeiro passo para o resgate da autoestima e qualidade de vida do paciente portador de obesidade mórbida. Nessa caminhada rumo à saúde, a cirurgia plástica é passo fundamental na correção pós-emagrecimento e na conquista de um corpo harmonioso e bem delineado.

Os ex-obesos, após a grande perda de peso, têm em comum o excesso de pele e necessitam dar forma ao novo corpo. A questão não é puramente estética, pois o excesso de pele pode resultar em problemas posturais, de coluna e de equilíbrio, além de comprometer a integração social e afetar até mesmo a vida sexual do paciente.

Nesse cenário, intervenções cirúrgicas como o lifting (rosto), mamoplastia redutora (seios), dermolipectomia (braços e coxas), abdominoplastia (abdômen) são as mais recomendadas para a correção de deformidades no contorno corporal causadas pelo excesso de pele, apresentando ótimos resultados e cicatrizes extremamente discretas. Contudo, a escolha da técnica mais adequada depende, obviamente, de exames detalhados e avaliações cuidadosas e individualizadas de cada paciente.
Nesse como em outros variados casos, a pressa depõe contra a precisão e a perfeição. A cirurgia plástica só deve entrar em cena quando o ex-obeso tem seu peso estabilizado, o que pode levar de um a dois anos. Outro alerta aos precipitados: é comum que o resultado desejado não seja obtido com apenas uma intervenção, pois os ajustes na quantidade e distribuição de pele muitas vezes cobram cirurgias complementares.

Tomando esses cuidados e procurando um cirurgião plástico efetivamente capacitado, a cirurgia plástica se transforma em aliada indispensável e segura para pacientes ex-obesos na conquista da qualidade de vida, saúde e satisfação pessoal.


Jornal da Sociedade Bariátrica-Goiás, dezembro de 2010

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