quinta-feira, 7 de março de 2013

A vida é bela

Por Waldemar Naves do Amaral, chefe do Departamento de Ginecologia e Obstetrícia da Faculdade de Medicina da Universidade Federal de Goiás





“Os franceses vivem como ricos e morrem como pobres. Os ocidentais vivem como pobres e morrem como ricos”. No Ocidente (em especial no Brasil), o ser humano trabalha muito, produz muito e acumula riquezas durante a vida – efeito anabolizante. Assim, não tem tempo de viver a vida, por isto vive como pobre. Porém, na morte seu patrimônio acumulado é extraordinário e gera conflitos para os herdeiros – por isto morre como rico.

Para os franceses, o trabalho é preciso apenas ser o suficiente, e assim não acumulam riquezas – efeito catabolizante. Desta forma, usam o trabalho para estimular seus conhecimentos técnicos, favorecer o crescimento cultural, promover a educação e dar segurança para a boa sobrevivência – e por isto vivem como ricos. Conceituadamente, não acumulam riquezas, não deixam conflitos para os herdeiros – por isto morrem como pobres.

Então, a arte de viver é conciliar os dois estilos, onde não haja excessos no anabolismo e nem no catabolismo. No indicativo do metabolismo perfeito, onde as duas vertentes sejam pareadas de forma integral, é possível estabelecer que a “vida é bela” na sua mais completa plenitude.

Jornal do Departamento de Ginecologia e Obstetrícia da Faculdade de Medicina da Universidade Federal de Goiás, fevereiro de 2013.


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