segunda-feira, 20 de agosto de 2012

“Tumores cerebrais podem ser confundidos com AVC, cefaleia, labirintopatias, dentre outras doenças”

Os tumores intracranianos podem destruir ou comprimir as estruturas normais do cérebro, independente de ser maligno ou benigno, por isso a maioria dos tumores necessita de tratamento cirúrgico. Estes e outros detalhes são explicados pela neurologista Taysa Alexandrino Gonsalves Jubé Ribeiro, professora de Neurologia na Universidade Federal de Goiás.


Tipos de tumores
Os tumores intracranianos são aqueles localizados dentro da cabeça, incluindo os tumores cerebrais, que podem ser malignos ou benignos, e são massas que crescem e ocupam o espaço do cérebro, destruindo ou comprimindo as estruturas normais. Temos os tumores primários do sistema nervoso central, como os gliomas, menigiomas e adenomas, e tumores metastáticos, oriundos principalmente da mama, pulmão e aparelho digestivo. Ainda não se sabe o que causa a maioria dos tumores.

Áreas cerebrais afetadas

Em crianças os tumores geralmente acometem a fossa posterior. Os menigiomas, por serem tumores mais superficiais, são mais comuns na convexidade. Os gliomas não têm localização específicas. Os adenomas acometem a hipófise e os neurinomas mais comuns acometem o nervo vestíbulo coclear (nervo auditivo).



Sintomas
Os sintomas dependem da localização da lesão. Os tumores de fossa posterior cursam com náuseas, vômitos, desequilíbrio, incoordenação e cefaleia. Os meningeomas e gliomas têm seu sintoma diretamente relacionado à localização. Por exemplo, um tumor parietal pode levar à alteração da fala, alteração da sensibilidade ou da força. Os adenomas hipofisários causam alterações hormonais, como por exemplo galactorréia e podem levar à alteração visual. Já os neurinomas do acústico causam perda auditiva, zumbidos, tonteiras e cefaleia (dor de cabeça). Com o crescimento dos tumores os pacientes podem ter também síndrome de hipertensão intracraniana.

Sintomas podem levar à confusão com outras doenças

Os tumores podem ser confundidos com os acidentes vasculares encefálicos, cefaleias primárias (enxaqueca e cefaleia tensional), com labirintopatias, dentre outras.


Diagnóstico dos tumores
O diagnóstico depende da história clínica, exame físico e é  comprovado através dos exames de imagem (tomografia e ressonância do crânio). O diagnóstico definitivo do tipo tumoral depende do anatomo-patológico.


Tumores benignos
Os meningeomas são tumores benignos, mas muitas vezes têm que ser removidos, pois eles crescem e ocupam espaço. Isso vai depender da localização e tamanho.


Tratamentos
O tratamento é a retirada cirúrgica e em alguns poucos casos, dependendo do tipo histológico, podem ser feitas a radioterapia e a quimioterapia.

Novidades

Existem novidades para a programação da cirurgia, como os exames de ressonância com tratografia e espectroscopia e ainda no diagnóstico, feito com marcadores tumorais, imunohistoquimica e estudo citogenético. Na cirurgia, além do uso do microcópio cirúrgico, podemos agregar o aspirador ultrassônico e a neuronavegação. Na radioterapia obtivemos muitos novos recursos com a radioterapia fracionada estereotáxica e a radiocirurgia .

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