sexta-feira, 24 de fevereiro de 2012

Quando as dores atingem a coluna e os arredores

A dor causada pela hérnia de disco é uma das piores sentidas pela humanidade, diz quem dela padece. Muitas vezes é necessária abordagem cirúrgica, que deve ser minimamente invasiva

“Grande parte da população mundial terá mais de uma vez em sua vida algum tipo de dor na coluna que necessitará da avaliação de um especialista na área”. Esta declaração é do neurocirurgião Carlos Roberto Sampaio de Assis Drummond. “As dores na coluna são, na maioria das vezes, relacionadas a posturas inadequadas, movimentos ou esforços em posições errôneas.

Estas situações acontecem em todos os tipos de atividades, desde um trabalho doméstico, até sentar de maneira inadequada para o trabalho ou estudo, ou durante exercícios vigorosos, como os executados por atletas. O aquecimento muscular adequado bem como alongamentos antes de iniciar as atividades diárias evitam a maioria destas dores”, aconselha.

Mas existem também as doenças, que causam dores na coluna lombar e que costumam surgir de acordo com a faixa etária, segundo o médico. As mais comuns são hérnias de disco, fratura, tumores, infecções e defeitos congênitos. Uma das mais comuns e que causa grande padecimento à pessoa atingida é a hérnia de disco. “É uma doença causada pelo deslocamento do núcleo polposo, uma das estruturas que compõe o disco intervertebral e que pode acontecer desde a região do pescoço ate a região lombossacra”, explica Carlos Drummond. “Os sintomas vão desde dor exclusivamente no meio das costas, ate dores que se irradiam para ombro ou braços, que é a dor na coluna cervical; ou nádegas e pernas ou pés, que denominamos de dor ciática”, completa.

De acordo com o neurocirurgião, na maioria das vezes é suficiente o tratamento clínico com medicações específicas e fisioterapia. Quando os sintomas permanecem, o médico especialista
A dor causada pela hérnia de disco é uma das piores sentidas pela humanidade, diz quem dela padece.

Muitas vezes é necessária abordagem cirúrgica, que deve ser minimamente invasivasolicita exames complementares, como ressonância, tomografia e eletroneuromiografia. “Quando é indicada algum tipo de abordagem cirúrgica, deve ser sempre minimamente invasiva, inicialmente com injeções e, se necessário, cirurgias com microscópio ou percutâneas. Com estas técnicas quase 100% dos pacientes têm alta hospitalar no dia seguinte e têm um mais rápido retorno às suas atividades profissionais”, assegura, acrescentando que Goiânia dispõe de um grande número de profissionais qualificados para tais tipos de tratamento, assim como de equipamentos de última geração, não ficando nada a dever aos maiores centros mundiais de coluna.

Jornal da Sociedade Goiana de Neurocirurgia, fevereiro de 2012.

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