sexta-feira, 28 de outubro de 2011

Planos de saúde têm que cobrir videolaparoscopia em cirurgia bariátrica

A Agência Nacional de Saúde determina que a técnica minimamente invasiva, criada em 1985 e garantindo diversos benefícios ao paciente, deve ser coberta pela saúde suplementar

Resolução da Agência Nacional de Saúde (ANS) obriga os planos de saúde a cobrirem os custos da cirurgia bariátrica, popularmente conhecida como redução de estômago, por videolaparoscopia. Técnica minimamente invasiva, a videolaparoscopia é realizada na cavidade abdominal, por meio de mini-incisões (0,5 e 1cm), por meio dos quais são introduzidos os instrumentos cirúrgicos e uma micro-câmera que proporcionará uma imagem de alta nitidez e grande aumento.

“Comparada aos métodos tradicionais de cirurgia, a videolaparoscopia apresenta diversas vantagens para o paciente. O sangramento é mínimo, em geral, nulo, pois os gases estancam o sangue. O tempo de recuperação é menor, logo a retomada das atividades diárias e físicas ocorre com mais precocidade. A necessidade de uso de remédios diminui consideravelmente, assim como a chance de aderência entre tecidos durante a cicatrização. Como as incisões são pequenas, o benefício estético também é maior”, explica o presidente da Comissão de Direito Sanitário e Defesa do Direito à Saúde, Carlos Wellington Silveira Marinho.

Considerada a maior revolução em cirurgias desde a criação da anestesia, a primeira cirurgia por videolaparoscopia realizada no Brasil completou 20 anos em julho do ano passado. “O que inicialmente parecia um modismo, provou-se ser uma técnica mais segura, menos agressiva e com menores consequências respiratórias, metabólicas e imunológicas no pós-operatório, comparada com as técnicas convencionais”, destaca Carlos Wellington.

A cirurgia por videolaparoscopia é aplicada com mais frequência em colecistectomia, correção de hérnia hiatal, correção de hérnia inguinal, esplenectomia (retirada do baço), colectomias (retirada de parte ou total do intestino grosso) e apendicectomia (retirada do apêndice). “Como toda novidade, a aceitação da classe médica foi lenta e difícil, mas as evidências mundiais foram mais convincentes e hoje a videolaparoscopia é inquestionavelmente a melhor opção para grande parte das cirurgias abdominais”, diz o presidente da comissão.

Fonte: Jornal Hora Extra

Jornal do Dia Nacional de Combate a Obesidade, outubro de 2011.

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