segunda-feira, 4 de julho de 2011

Essência em ajudar o próximo

O Colégio Marista, escolhido na categoria Escolas do Prêmio os Mais ADmirados em Responsabilidade Social em Goiás 2011, sempre teve o enfoque de trabalhar com filantropia. “Não é marketing”. A afirmação enfática é do diretor Jefferson Luiz Clemente de Oliveira (foto). O significado de responsabilidade social é repassado para os alunos de forma natural, pois faz parte da filosofia pedagógica da instituição. “A responsabilidade social passa pela educação e pela evangelização. Evangelizar é partilhar, é doar, é ser solidário”, explica Jefferson.

Jefferson Luiz acrescenta que o Marista por ser um colégio católico, acredita que a formação da criança não acontece apenas no conteúdo. Mas é preciso a formação social para se construir indivíduo como todo. “A responsabilidade social só faz sentido se for por meio da evangelização e da educação”, destaca. Os alunos participam dos projetos sociais que envolve a comunidade goiana. Este ano, as turmas estão trabalhando com coleta de lixo eletrônico e coleta de óleo vegetal. Nesse dois casos, os estudantes revendem o material recolhido e doam o dinheiro para instituição que a turma escolheu para ajudar. A renda da festa junina de 2011 será toda revertida para Casa de Apoio São Luís, que recebe pacientes em tratamento de câncer.

TRADIÇÃO
A história do Marista começou há 49 anos em Goiânia, quando a congregação foi convidada pelo arcebispo D. Fernando a se fixar na cidade. “Quando os maristas vieram para região era apenas mato”, conta o Jefferson Luiz. Então, o bairro que não tinha nome, começou a ser chamado de Marista, porque as pessoas visitavam com frequência a ordem religiosa. Com a construção do primeiro prédio para o ensino primário, apenas para meninos, a região passou a se desenvolver. “Sem dúvida nenhuma o maior legado que a congregação e a escola deixam para Goiânia é dar nome ao bairro na cidade”, orgulha-se o diretor.

CASA DA ACOLHIDA
Como o conceito educacional do colégio tem a preocupação em desenvolver trabalhos voltado para filantropia, cada unidade escolar tem que ter uma obra social. Os projetos são determinados e criados pelas próprias províncias. No caso do colégio de Goiânia, que pertence à província Marista Centro-Sul, a instituição criou em 1998 a Casa da Acolhida para tirar crianças e adolescente em situação de risco da rua. A ideia inicial é que o menor passe o dia na instituição e à noite retorne para casa de sua famílias. O trabalho de abordagem fica sob a responsabilidade dos próprios funcionários da instituição, que no período noturno realizam a abordagem de rua, visitam as famílias e depois conduzem as crianças para Casa. Em parceria com a prefeitura, a Casa da Acolhida ampliou o atendimento para acolher crianças e adolescentes com vulnerabilidade social aparente, ou seja, jovens com dificuldades de desenvolver a formação educacional e ter seus direitos assegurados dentro do núcleo familiar. Para iniciar o trabalho na Casa da Acolhida, os jovens primeiramente são matriculados. Depois, como alunos, no outro horário desenvolvem-se atividades de formação para o cidadão. “O foco principal é trabalhar a família e não apenas o aluno. Durante todo o dia atendemos os jovens e familiares”, explica o educador.

A Casa da Acolhida auxilia diariamente cerca de 130 jovens. Porém, Jefferson Luiz enfatiza que o atendimento mensal ultrapassa os mil, porque se inclui atendimento aos familiares, realizados em domicílio. As crianças não dormem na instituição, pois a congregação acredita que o menor não deve ser retirado de seu lar. “Por mais complicado que seja a relação familiar com a criança ou adolescente, o ideal é procurar o órgão competente para amenizar ou por fim ao conflito”, diz o professor. Todo corpo de funcionários e gastos com a Casa da Acolhida é mantido pela própria congregação, a partir dos recursos levantados pela escola. O trabalho realizado pela filantropia mantém a folha de pagamento dos funcionários e os gastos com manutenção. Além disso, o Marista realiza parcerias com as três esferas do Executivo, com instituições privadas (escolas de idiomas) e profissionais liberais (clínicas de odontologia), para o bom funcionamento. “A Casa não é dos Maristas, mas uma oferta que a congregação faz para a sociedade goiana”, reforça Jeffersson Luiz.

OUTROS PROJETOS SOCIAIS

Além da Casa da Acolhida, o Colégio Marista tem outras obras voltados para projetos de responsabilidade social, “que inclusive são maiores que a própria Casa de Acolhida”, ressalta Jefferson Luiz. A primeira é o Centro Marista do Divino Pai Eterno (Cemadipe), no Bairro Madre Germana, em Aparecida de Goiânia. A convite do governo de Goiás e da prefeitura, os maristas foram para a região e construíram uma escola voltada para educação infantil que atende 200 crianças por dia. No Cemadipe, em Silvânia, funciona a Escola Agrícola, que recebe cerca de 450 jovens.

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