Iúri Rincon Godinho
A revista Marketing em Goiás ouviu o promotor Umberto Machado, coordenador da promotoria de Defesa do Patrimônio Público e Combate à Corrupção e Improbidade Administrativa, que afirmou que encontra-se do meio para o final a investigação sobre os repasses realizados no final do governo Alcides Rodrigues para as agências de propaganda. “Não temos prazo definido, porque é um caso de certa complexidade, que envolve a análise de muita documentação. Se ficar definido que realmente houve desvio do erário, serão propostas as ações necessárias contra aqueles que forem apontados responsáveis”, informa.
Até o fechamento desta edição, 10 de maio, nenhuma agência havia sido intimada a prestar depoimento. A voz corrente no mercado é que o processo não irá para a frente porque simplesmente não houve nada de irregular. O valor repassado foi alto, é certo, mas teve empresa que recebeu serviço acumulado há dois anos. Três agências ouvidas pela reportagem disseram que o valor recebido foi abaixo do que foi divulgado pelo jornal Diário da Manhã.
O caso é político e não técnico. O que aconteceu foi que Alcides Rodrigues deixou atrasar o salário dos servidores estaduais, enquanto liberava o pagamento de empreiteiras e agências de propaganda. Não fosse por isso, o caso nem iria para a imprensa. Incontestavelmente, há uma briga política entre o novo e o velho governo do Estado, tendo Diário da Manhã como palco das discussões.
Nesse contexto qualquer formiga é passível de virar elefante.
Revista Marketing em Goiás, maio de 2011
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