A Contato Comunicação realizou neste início de ano a pesquisa Mais Influentes da Política em Goiás (veja mais neste blog). A seguir, um dos vencedores.
Delegado da Polícia Civil e pastor da Assembleia de Deus, o deputado federal João Campos (PSDB) iniciou sua trajetória política na luta classista. Apoiado pelo governador Marconi Perillo e pelos segmentos da segurança pública e evangélico, obteve sucesso em seu primeiro pleito na campanha eleitoral de 2002.
Início da trajetória
Dediquei-me por 10 anos à política classista, como líder dos delegados de polícia de Goiás e como vice-presidente da Associação dos Delegados do Brasil e isso terminou me credenciando para a política partidária. Evidentemente que, estimulado na época pelo governador Marconi Perillo e por outros agentes da política de Goiás. Além disso, há um dado importante, que foi a compreensão do segmento evangélico de sua capacidade de colaborar com o Estado na sua atividade política. Devido à grande quantidade de pessoas, estava legitimado para ter um representante na Câmara Federal, o que me estimulou a tomar a decisão de fazer política partidária.
Desafios
Encontramos os momentos mais difíceis justamente nas campanhas, que são de tensão, stress, tomada de decisões difíceis, às vezes até de limitação de recursos para se estruturar. Não são momentos difíceis a tomada de decisões no curso do mandato, quando é preciso se posicionar quanto ao projeto A, B ou C, porque agimos de acordo com nossas convicções. O mais difícil são as campanhas eleitorais. Nestes momentos procuramos refletir sobre como superá-los. E a forma de superar é trocar ideias com os amigos, trazer pessoas amigas para o lado da gente, pessoas qualificadas, companheiras e acima de tudo entender que Deus está com a gente. Assim, encontramos forças para superar as dificuldades e não retroceder. No entanto, é exatamente no final da campanha que se tem os momentos mais agradáveis: as vitórias.
Momentos recompensadores
O exercício do mandato por si só é gratificante porque a gente sente que de fato pode ser útil ao País, ao Estado. No primeiro ano do primeiro mandato, em 2003, dois projetos foram apresentados e eu, deputado neófito, tive que assumir a coordenação para conseguir aprová-los. Foi um momento bastante gratificante porque foi ali que comecei a me sentir de fato um parlamentar, um deputado federal.
Conciliar política, família e religião
É difícil, porque todas essas atividades exigem tempo, dedicação e paixão. Essas coisas não podem ser tratadas de forma mecânica. Família é amor, afetividade, é algo fundamental, que dá sustentação, e onde a gente se realiza. Religião é amor, compromisso, é uma ferramenta que faz com que a gente exercite de forma mais intensa a fé, se aproxime mais de Deus. Ninguém consegue ser de fato um cristão isolado, sem criar as condições de amar o próximo, aceitar as pessoas. A política se assemelha um pouco ao exercício sacerdotal, para quem tem a visão da política como instrumento de servir à sociedade. Também não pode-se fazer sem amor, não dá para praticar pensando em vantagens pessoais, em promoção pessoal. Mas conciliá-las é gratificante.
Prêmio
Reconhecimento serve para renovar nossas forças, a nossa crença de que estamos fazendo de maneira correta, aumenta a convicção do trabalho que estamos realizando. Recebo com alegria e aproveito para agradecer esse reconhecimento ao povo de Goiás e, acima de tudo, a Deus.
Revista dos prêmio Mais Influentes da Política 2011, Março de 2011
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