Luiz Pinto Neto, cirurgião plástico |
A cirurgia plástica da obesidade é importante para os obesos grau 3 que se submeteram à cirurgia bariátrica de redução do estômago. “Atualmente, com o advento de novas técnicas de redução do continente gástrico, os pacientes submetidos a esta cirurgia evoluem com uma grande perda ponderal e, consequentemente, apresentam uma alteração do contorno corporal, podendo levar a uma grande insatisfação com a própria imagem, impedindo até um convívio social saudável”, considera o cirurgião plástico Luiz Pinto Neto.
Luiz Neto cita ainda o problema postural e de equilíbrio que o excesso de pele traz, assim como o incômodo causado pelas dermatites localizadas nas dobras de pele. “Nesse contexto, conjugado com o trabalho de outros profissionais, como psicólogos e endocrinologistas, a cirurgia plástica auxilia este paciente a desenvolver um contorno corporal adequado à sua nova constituição física”, avalia, acrescentando que o melhor momento para se submeter à cirurgia plástica é quando o paciente estabiliza seu peso, e já está se alimentando normalmente. “Ou seja, quando o paciente para de emagrecer é o momento certo para fazer a cirurgia plástica da obesidade. Entretanto, em alguns casos, correções são necessárias na fase intermediária de emagrecimento para auxiliar o paciente”, ressalva.
Segundo ele, geralmente são necessárias várias cirurgias, visto que o excesso de pele aparece em várias regiões do corpo, como face, mama, abdome e membros. Como existem procedimentos cirúrgicos específicos para cada uma destas regiões, são necessárias em torno de quatro cirurgias. “Para o abdome, que é a primeira cirurgia a ser realizada, em torno de seis meses após a estabilização do peso, utilizamos a dermolipectomia abdominal ou abdominoplastia; para os braços, realizamos a braqueoplastia; para os membros inferiores, o lifting de coxa; para face, o lifting facial; e para as mamas a mastopexia ou levantamento da mama, geralmente associado ao uso de prótese mamária.
Para que a recuperação no pós-operatório não seja demorada, Luiz Neto diz que o ideal é evitar cirurgias associadas. “Assim, o tempo de cirurgia é menor e leva a uma recuperação pós-operatória mais rápida e menos incômoda”, assegura. No entanto, o retorno do paciente às atividades diárias normais, só ocorreria cerca de trinta dias depois, independente da cirurgia. Quanto as cicatrizes, o cirurgião argumenta que elas são inevitáveis e devem ser encaradas, como uma troca. “O paciente troca uma melhora do contorno corporal por algumas cicatrizes, que geralmente são posicionadas em regiões menos aparentes”, conclui.
Jornal da sociedade Brasileira de Cirurgia Bariátrica e Matabólica - capítulo Goiás, março de 2011
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