segunda-feira, 12 de novembro de 2012

Controvérsias em imunizações

Por Daniel Strozzi | alergista, imunologista clínico e pediátrico e Carolina Freitas | enfermeira


O Programa Nacional de Imunização (PNI), da Secretaria de Vigilância em Saúde do Ministério da Saúde, é responsável pela mobilização das ações de vacinação em todo território nacional, auxiliando também nas ações de imunizações pertencentes a outros países, estabelecendo assim cooperação técnica.

Nas últimas décadas, entre os maiores avanços observados na área da saúde, a imunização vem ocupando um espaço progressivamente maior em todo o mundo. O desenvolvimento da ciência e da imunologia tem se somado aos estudos de epidemiologia e sociologia, os quais evidenciam o grande impacto que as vacinas têm representado para a sociedade atual, significando um dos principais fatores de promoção de saúde e prevenção de doenças. Um exemplo bem conhecido é a erradicação da poliomielite no Brasil.

Ao contrário do que muitos acreditam, as vacinas não sobrecarregam nem enfraquecem o sistema imunológico. Na verdade, elas habilitam e fortalecem a defesa induzindo a produção de anticorpos contra determinada doença, como se o organismo estivesse sempre com seu “exército de defesa a postos para batalha”.

Ainda hoje, existem, talvez por falta de conhecimento, muitas dúvidas e mitos sobre este assunto, o que faz gerar controvérsias. A vacina contra gripe é uma forma de exemplificar uma controvérsia bem conhecida. Alguns pensam que a “vacina causa a doença”, mas não é possível já que a vacina contra gripe é produzida através de partículas do vírus inativado e não do vírus atenuado.

A explicação está na forma de produção de cada vacina. Umas são feitas a partir do próprio agente etiológico vivo, porém atenuado (“fraco”), e outras por meio de partículas e/ou proteínas dos agentes (“vacinas inativadas”). A partir deste tipo de conhecimento é que podemos dizer quem pode ou não ser vacinado e em que fase (criança, gestante, idoso, etc), ressaltando que “prevenir é melhor que remediar”.





Jornal da Sociedade Goiana de Pediatria, novembro de 2012.


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