segunda-feira, 5 de dezembro de 2011

Os ônus e os bônus da vida moderna

A evolução da humanidade nos trouxe problemas, mas também garantiu uma expectativa de vida cada vez maior, liderada pela diminuição das doenças infectocontagiosas e pela terapia medicamentosas no controle dos males crônico-degenerativos

Por Weimar Sebba Barroso,
Cardiologista - CRCRM GO 6495

O mundo testemunhou nas últimas décadas; apesar do aumento da prevalência de sobrepeso, obesidade, sedentarismo e stress; o incremento na expectativa de vida tanto nos países desenvolvidos quanto em desenvolvimento.

Alguns aspectos foram fundamentais para que os seres humanos pudessem viver mais apesar do ônus que a vida moderna impôs ao nosso estilo de vida. Cito dois, a diminuição na incidência das doenças infectocontagiosas em decorrência das melhores condições sanitárias e a evolução na terapia medicamentosa das doenças crônico degenerativas.

O desenvolvimento de novos medicamentos foi sem dúvida um ponto crucial para que pudéssemos viver mais e com mais qualidade, entretanto os investimentos necessários para que um novo medicamento passe por todas as fases da pesquisa e esteja disponível para uso seguro e eficaz são da ordem de 800 milhões de dólares.

Em geral é a indústria farmacêutica que financia esses estudos para o desenvolvimento de novas moléculas, sempre sob o olhar atento de órgãos como o FDA (Food and drugs administration) nos Estados Unidos e da Anvisa no Brasil, para o desenvolvimento de novas moléculas. Além disso, todo procedimento de pesquisa deve ter a aprovação prévia dos Comitês de Ética em cada um dos países onde a nova medicação será testada.

Vários fatores impulsionam esse mercado, a ansiedade na busca da cura e diminuição do sofrimento que as doenças acarretam, a necessidade que a humanidade tem de subir mais um degrau na escala da evolução e também, a possibilidade de lucro com a venda de novos medicamentos.

É bom saber que avançamos muito no conhecimento necessário para tratar as nossa enfermidades mas é preciso reconhecer que ainda há um longo caminho a ser percorrido na busca da excelência que a ciência médica tanto almeja. A pesquisa séria e comprometida com o bem-estar da humanidade é o norte e o ideal que nos conduzirá a dias melhores para as gerações futuras.

Informativo Via Médica, novembro de 2011.

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