segunda-feira, 18 de abril de 2011

Alterações nos nervos e na circulação das pernas são os principais responsáveis pelo pé diabético

O pé diabético representa uma das complicações crônicas do diabetes. “É um problema comum e a principal causa de amputações não traumáticas e de hospitalização em diabéticos”, alerta a endocrinologista Judith V. de M. Netto Faria, coordenadora do serviço de Pé Diabético do Hospital Geral de Goiânia. Nesta entrevista ela fala sobre os cuidados que o portador da doença deve tomar para evitar esta complicação e, caso ocorra, o que deve ser feito.

Definição de pé diabético


O pé diabético ocorre devido a falta de controle adequado dos níveis de açúcar no sangue resultando em alterações nos nervos (neuropatia) e na circulação (isquemia) das pernas e pés, favorecendo o desenvolvimento de feridas (úlceras). A neuropatia é o principal fator responsável pelo pé diabético pois resulta em diminuição da sensibilidade e deformidades nos pés, que diante de pequenos traumas como por exemplo uso de calçados inadequados, desencadeia feridas nos pés que podem complicar–se com infecção, elevando o risco de amputação.

Sintomas

Os sintomas variam desde dormência nos pés, até dores do tipo pontada, agulhada, choques, formigamento e fraqueza nas pernas. A ausência de sintomas não exclui o diagnóstico.

Diagnóstico


O diagnóstico é baseado na história clínica e no exame físico dos pés com a aplicação de testes neurológicos simples e avaliação da circulação. O exame dos pés é fundamental para detectar aqueles pacientes em risco de feridas nos pés e orientar medidas preventivas.

Prejuízos para o paciente

O pé diabético representa uma complicação comum e a principal causa de amputações não traumáticas e de hospitalização em diabéticos, resultando em grandes prejuízos na qualidade de vida do paciente.

Medidas de prevenção

É uma doença passível de prevenção por meio de medidas simples: examinar os pés diariamente, inclusive entre os dedos, à procura de feridas, bolhas, micoses, alterações de cor e/ou temperatura, rachaduras e calosidades; não andar descalço, mesmo dentro de casa; usar calcados adequados; não usar chinelos, sapatos apertados e de bico fino; examinar os calçados antes de calçá-los; não colocar os pés de molho em água morna ou quente; hidratar os pés diariamente para evitar fissuras e rachaduras; cortar as unhas em linha reta; não usar agentes químicos para remover calos e não tentar cortá- los; controlar o diabetes, a hipertensão, os níveis de colesterol e não fumar.

Revista Diabetes em Goiás, março de 2011

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