segunda-feira, 21 de março de 2011

Arritmia cardíaca: tratamento e prevenção

Arritmia é uma alteração no ritmo cardíaco, na frequência, regularidade, na origem do impulso elétrico e/ ou condução, causando uma sequência anormal de ativação do coração. A incidência de arritmia na população geral, antes do 60 anos, é menos de 1% e após os 60 anos é quase 10%.
Nem todas as palpitações são anormais. Existem as taquicardias relacionadas as emoções, exercícios, stress e secundárias a outros problemas não cardíacos como febre, hipertiroidismo, síndrome do pânico, uso de alguns medicamentos (antidepressivos, inibidores de apetite, descongestionantes nasais, antigripais, dentre outros).

Tratamentos
Depende da classificação do diagnóstico adequado. Há tratamentos farmacológicos com medicamentos anti-arrítmicos e não farmacológicos. O tratamento não farmacológico inclui evitar ou mesmo eliminar substâncias que estimulam o coração, a exemplo das bebidas a base de cola, chá–mate, chá de canela, guaraná em pó, energéticos dentre outras.
Nas bradiarritmias (arritmias que causam diminuição da frequência cardíaca) sintomáticas pode haver necessidade de implante de marcapasso.
O tratamento para taquiarritmias (arritmias que causam aumento da frequência cardíaca) que apresentam risco de vida é o implante de marcapassos capazes de desfibrilarem o coração e revertem o ritmo cardíaco, em casos de arritmias graves.

Prevenção
Evitar o tabagismo, ingestão excessiva de bebidas alcoólicas, sedentarismo, controlar o colesterol e tratar adequadamente da hipertensão arterial. “A melhor forma de prevenir doenças é adotar um estilo de vida saudável. Respeitar a vida como um dom superior e intransferível, amando o próximo e principalmente a você mesmo. O maior segredo da vida é o amor. O ser humano não é só corpo, mas é alma e espírito. O equilíbrio é chave mestra da vida”, ensina a cardiologista Andréa Silveira.


Alerta

• A frequência cardíaca (FC) normal varia entre 50 e 100bpm.

• FC menor que 50bpm-Bradicardias, são assintomáticas ou sintomáticas. Sintomáticas: tontura com escurecimento visual e desmaio (síncope). Assintomáticas: não é necessário maiores preocupações.

• FC maiores de 100bpm-Taquicardias, regulares ou irregulares, com acelerações gradativas ou súbitas. A depender da FC e local de origem no coração são mais graves, levando a fraqueza, queda de pressão, sudorese e perda súbita de consciência com risco de vida. Intervenções rápidas são necessárias, 80% das mortes súbitas foram do ambiente hospitalar correlaciona com fibrilação ventricular, cujo tratamento imediato é a desfibrilação (choque elétrico no peito). A cada um minuto que passa para o socorrista, menos de 10% de chances de sobrevida.

Jornal Via Médica, março de 2011

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