quinta-feira, 1 de dezembro de 2011

Preparação final para o TEOT

Em sua sétima edição o Simulado Integrado do Centro-Oeste se consolida como um importante instrumento de atualização para os residentes que farão a prova

Desde 2005, as regionais da Sbot no Centro-Oeste se unem para promover o Simulado Integrado do Centro-Oeste, com o objetivo de melhor preparar os residentes para a prova do Título de Especialista em Ortopedia e Traumatologia (TEOT). Este ano, os residentes e preceptores dos serviços de ortopedia de Goiás, Mato Grosso do Sul e do Distrito Federal se reuniram em Pirenópolis para a avaliação de cerca de 40 aspirantes a ortopedistas.

“O simulado é bastante importante em nossa preparação, pois podemos verificar se vamos chegar à prova de título com condições de atingir o nível esperado”, diz Gustavo Eduardo Vieira, residente do Hospital de Base do Distrito Federal e primeiro colocado no simulado. “A prova estava bem elaborada, com assuntos diversos. A prova oral foi importante para treinamos. Temos oportunidade de fazer prova escrita no próprio hospital ou até mesmo em casa, mas a prova oral foi uma oportunidade única pois os examinadores fizeram uma simulação real do teste de especialistas que vamos fazer em Campinas”, complementa.

Jefferson Martins, chefe do Serviço de Ortopedia do Hugo, reforça as palavras de Gustavo, acrescentando que o simulado é uma importante ferramenta de treinamento para obtenção do TEOT, pois dá ao residente uma noção prática do que o espera na prova de título. Além disso, considera que é um instrumento de integração entre os residentes dos serviços do Centro-Oeste, uma oportunidade ímpar para trocas de experiência das realidades de cada serviço. “Auxilia também na integração dos preceptores dos serviços, que têm a oportunidade de discutir e aperfeiçoar os modelos de formação dos residentes”, avalia.

Jefferson diz ainda que os serviços de residência da especialidade em Goiás são bem estruturados e têm uma história que se confunde com a história da ortopedia. “O Serviço de Ortopedia do Hospital das Clínicas da Universidade Federal de Goiás foi o berço da ortopedia em Goiás, assim como dos demais serviços. A realidade dos serviços de residência tem mudado e o papel do residente e sua relação com o serviço tem mudado também, muitas vezes para pior. Manter a qualidade e a excelência na formação do residente é um desafio para os preceptores que precisam ser valorizados nesta difícil missão de ensinar”, frisa.

Para Newton Tristão, sub-chefe do Serviço do Instituto de Ortopedia de Goiânia, o simulado é o momento no qual os residentes são alertados para aqueles pontos que precisam ser refinados e aquelas aulas e materias a serem repassados. “A possibilidade não só de passar na prova mas também de obter uma boa classificação se torna mais simples”, define, lembrando ainda que é fundamental despertar, desde cedo, o interesse em manter-se atualizado, condição essencial para o bom desenvolvimento de todo profissional que lida com saúde.

E este é um compromisso assumido pelos residentes, como comprovam as palavras de Gustavo: “É complicado conciliar residência, atividades pessoais e estudo. Mas a parte teórica é essencial para desenvolvermos todo o resto. Sempre que tenho oportunidade estudo e atualizo meus conhecimentos. E não só na residência. Acredito que em toda minha vida profissional será assim para poder dar um melhor atendimento aos pacientes”, declara.

Rodrigo Daher, presidente da Sbot-DF lembra que esta é a sétima edição do Simulado Integrado do Centro-oeste e que a cada ano fica mais evidente a importância do evento. “É a grande oportunidade que os médicos residentes têm de avaliar o seu conhecimento às vésperas da prova do TEOT. Vemos que após o simulado há um estímulo natural entre eles para fazer um esforço final de estudo”, destaca. “Assim ficamos realizados em organizar esta prova, pois sabemos da importância capital na formação dos nossos residentes”, completa. Outro ponto abordado por Rodrigo é que, durante os três dias do simulado há momentos de integração social que reforçam os laços de amizade entre eles, o que é importante para o desenvolvimento da ortopedia feita em toda a região.

A avaliação que Rodrigo faz dos serviços de ortopedia do Distrito Federal é que cada hospital tem preceptores de alto nível, o que proporciona uma boa formação para os residentes. “Prova disto é a alta taxa de aprovação dos residentes na prova do TEOT da SBOT. Estes preceptores merecem todos os elogios pois, muitas vezes, as dificuldades encontradas nos hospitais credenciados são enormes e só com espirito altruísta de cada um as realizações são possíveis”, finaliza

Revista da Sociedade Brasileira de Ortopedia e Traumatologia - Regional Goiás, novembro de 2011.

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