“Medicamentos podem tanto preservar a saúde como destruí-la”, Ovídio - Tristia
Por: Elisa Franco de Assis Costa,
Geriatra - CRM-Go 5001
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Neste último informativo de 2011, a equipe de especialistas e colaboradores da Via Médica deseja a todos os seus clientes e familiares Boas Festas, um Natal de Paz e que 2012 seja um ano de bastante saúde.
Como sempre fazemos, este número também contém alguns artigos escritos por nossos especialistas e que ajudarão o leitor a cuidar melhor da sua saúde. Inspirados no poeta romano Publius Ovidius Naso, que viveu exatamente no período do nascimento de Jesus Cristo (43 a.C a 18 d.C), optamos por orientar os cuidados que todos devemos ter com o uso de medicamentos.
Ovídio, como o poeta romano é conhecido em português, dedicou-se poesia amorosa, por vezes até erótica. No exílio, escreveu a coletânea de poemas Tristia, da qual retiramos a citação acima, que mesmo após dois mil anos continua atual.
Os medicamentos foram muito importantes para garantir os melhores resultados dos tratamentos atuais e contribuíram de forma inequívoca para o aumento da expectativa de vida do ser humano. Um exemplo clássico são os antibióticos. Após a descoberta da penicilina, observou-se acentuada redução
da mortalidade de jovens por infecções, permitindo que mais pessoas chegassem à faixa etária geriátrica.
Outro exemplo, são os medicamentos anticâncer, os quais transformaram doenças altamente letais em doenças que podem ser curadas. Não podemos nos esquecer do desenvolvimento das inúmeras medicações utilizadas no tratamento de problemas crônicos de saúde, como a hipertensão, o diabetes, as doenças cardiovasculares, as dislipidemias (elevação das gorduras do sangue), a osteoporose, as doenças reumáticas, a dor crônica, a depressão, a doença de Alzheimer, dentre outras.
Elas não curam esses problemas, mas permitem o seu melhor controle, reduzindo o risco de incapacidade, prolongando e melhorando a qualidade de vida de seus portadores.
Se os medicamentos modernos são tão úteis, por que a frase do poeta Ovídio ainda é atual?
Na verdade, quando usados adequadamente preservam a saúde, mas se usados sem indicação e controle médico podem causar sérios danos às pessoas.
Se os medicamentos modernos são tão úteis, por que a frase do poeta Ovídio ainda é atual?
Na verdade, quando usados adequadamente preservam a saúde, mas se usados sem indicação e controle médico podem causar sérios danos às pessoas.
Nenhum medicamento é isento de efeitos adversos, nem mesmo os fi toterápicos. E todos são passíveis de interações com outros medicamentos, com alimentos e mesmo com outras doenças que o usuário possa ter, mas que não são as que motivaram a sua indicação.
Alguns grupos populacionais são mais suscetíveis a efeitos adversos e a interações medicamentosas. Nos extremos da vida (crianças e idosos), durante a gravidez, no caso de insuficiências orgânicas (renal, hepática, cardíaca), ou no caso do uso concomitante de mais de quatro medicamentos (polifarmácia), os cuidados devem ser redobrados e só o médico poderá orientar o paciente como tornar o tratamento medicamentoso mais eficaz e seguro para o seu problema.
Informativo Via Médica, novembro de 2011.
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