Já está comprovado por especialistas que a cada vez que o verão chega em qualquer parte do planeta o sol está mais quente. No Brasil então, é sol o ano inteiro. Somente com proteção pode-se evitar os danos que o sol causa à pele. A dermatologista Alessandra Junqueira traz todas as informações para quem quer manter a pele saudável e bonita, mas sem deixar de aproveitar esse calorão, que é o sonho de 10 entre 10 habitantes de países frios.
O que é importante avaliar no protetor solar
O FPS (Fator de Proteção Solar) é o método padrão para acessar a proteção de um protetor solar à radiação UVB. O grau de proteção oferecido pelo protetor solar é indicado pelo FPS e se baseia no grau de eritema (vermelhidão), conseguido após fototeste in vivo. Nesse fototeste, internacionalmente padronizado, foi escolhida uma quantidade de produto que tivesse uma espessura aplicada de 2g/cm2 na área a ser protegida. Atualmente, é importante estabelecer que o nível de proteção dada por um filtro solar depende não só do FPS, mas inclusive de seu potencial de absorção de radiação UVA. Assim, quanto maior o FPS, maior será a proteção.
Cor da pele
Para peles mais claras, indicamos FPS maiores (30 acima), e para as peles morenas a negras o FPS poderá ser menor, porém não abaixo de 15. Os protetores para uso diário devem ser de textura mais fluida (fáceis de espalhar), com FPS adequado e alguns podem até atuar como maquiagem para as mulheres (cor de base). Minha sugestão é adequar o protetor solar ao seu tipo de pele, e se tiver dúvidas, procurar um dermatologista para a indicação.
Para exposição solar excessiva
Os filtros solares para uso em piscinas, praias e clubes podem ter FPS mais elevados. Após o sol, existem produtos que possuem substâncias refrescantes e calmantes em suas formulações, mas os hidratantes ainda são necessários.
Quando a maquiagem tem protetor
O protetor existente na maquiagem é confiável e seguro, mas hoje já existem filtros solares com tonalidade de base e em pó, e assim o FPS costuma ser mais alto do que na maquiagem, aumentando a proteção.
Devem cobrir bem a pele
Para os protetores solares apresentarem uma efetiva absorção ou reflexão da radiação UV eles precisam ter uma alta afinidade pelo extrato córneo (superfície da pele) pois só assim o contato entre o ingrediente ativo e a pele está garantido. Portanto, devem ser espalhados de maneira uniforme, cobrindo toda a superfície a ser protegida.
Danos provocados quando não há proteção solar
A pele quando exposta à radiação UV (Ultravioleta) de forma repetida e sem uma proteção adequada, apresenta clinicamente a formação de rugas, frouxidão cutânea, anormalidades pigmentares (manchas) e um risco aumentado para o desenvolvimento de neoplasias (câncer de pele). Portanto, hoje recomendamos o uso diário dos filtros solares, mesmo em dias nublados e chuvosos, pois nestes dias existem a passagem de radiação UV. A proteção solar deve começar desde a infância para melhor prevenção dos efeitos danosos a longo prazo. A exposição excessiva à radiação solar sem proteção pode causar desde queimaduras até lesões características do fotoenvelhecimento: rugas, manchas e câncer de pele. A ajuda médica deve ser procurada nestes casos.
Filtros oleosos causam acne
Filtros solares oleosos podem causar o aparecimento de acne, por obstruirem os poros da pele. Já existem filtros solares específicos para peles oleosas: são os veículos em gel, spray, emulsão e loção “oil-free”, toque-seco, pó, e, mais recentemente, até em espuma (mousse). Já no caso de pele seca, preferimos os cremes, que são mais hidratantes.
Revista Dermatologia em Goiás, março de 2011
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