Apesar de ser um tipo raro de câncer, a leucemia aguda apresenta um elevado índice de morte em pessoas abaixo de 35 anos, sendo o tipo mais comum de câncer infantil e a segunda principal causa de morte em crianças menores que 15 anos nos Estados Unidos. Na maioria dos casos, somente o transplante de medula óssea pode restabelecer a saúde dos portadores da doença. “Qualquer pessoa entre 18 e 55 anos com boa saúde pode doar medula óssea.
Ela é retirada do interior de ossos da bacia, por meio de punções, se recompondo em apenas 15 dias”, esclarece o hematologista César Leite. Outros pacientes que podem necessitar de transplante de medula óssea são os portadores de aplasia de medula óssea (deficiência medular), linfomas, de anemia falciforme, de alguns tumores sólidos e de algumas doenças genéticas hereditárias. César Leite explica que a medula óssea é a matriz do sangue e se localiza na parte interna dos ossos, semelhante ao tutano dos ossos do boi. “Na medula óssea estão as células-mãe que dão origem ao glóbulos vermelhos, glóbulos brancos e plaquetas”.
O hematologista diz ainda que tudo seria simples e fácil, se não fosse o problema da compatibilidade entre as células do doador e do receptor. O paciente tem 25% de chance de ter um doador compatível entre irmãos, mas a média geral de chance de encontrar uma medula compatível é de uma em cem mil. Por isso, quanto mais gente doar, melhor. Nesta fase apenas a amostra de sangue é coletada e cadastrada em um registro geral.
Por essa razão, são organizados Registros de Doadores Voluntários de Medula Óssea, porque quando um paciente necessita de transplante e não possui um doador na família, esse cadastro é consultado. Se for encontrado um doador compatível, ele será convidado a fazer a doação de medula óssea.
PASSO A PASSO
Os doadores preenchem um formulário com dados pessoais e é coletada uma amostra de sangue com 5 ml para testes. Estes testes determinam as características genéticas que são necessárias para a compatibilidade entre o doador e o paciente.
Os dados pessoais e os resultados dos testes são armazenados em um sistema informatizado que realiza o cruzamento com dados dos pacientes que estão necessitando de um transplante.
Em caso de compatibilidade com um paciente, o doador é então chamado para exames complementares e para realizar a doação.
A doação é um procedimento que se faz em centro cirúrgico, sob anestesia peridural ou geral, e requer internação por um mínimo de 24 horas. Nos primeiros três dias após a doação pode haver desconforto localizado, de leve a moderado, que pode ser amenizado com o uso de analgésicos e medidas simples. Normalmente, os doadores retornam às suas atividades habituais depois da primeira semana.
Para o doador, será apenas um incômodo passageiro. Para o doente, será a diferença entre a vida e a morte.
Onde doar em Goiânia
Para fazer o cadastro como doador, ligue no Hemocentro: (62) 3201 4589
Revista Vida Nova
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