segunda-feira, 31 de janeiro de 2011

Vacina combate ao HPV

HPV é a sigla em inglês para papiloma vírus humano. Os HPV são vírus da família Papilomaviridae, capazes de provocar lesões de pele ou mucosa. Existem mais de 200 tipos diferentes de HPV. Eles são classificados em de baixo risco de câncer e de alto risco de câncer.

Estudos no mundo comprovam que 50% a 80% das mulheres sexualmente ativas serão infectadas por um ou mais tipos de HPV em algum momento de suas vidas. A transmissão é por contato direto com a pele infectada. Os HPV genitais são transmitidos por meio das relações sexuais, podendo causar lesões na vagina, colo do útero, pênis e ânus. Também existem estudos que demonstram a presença rara dos vírus na pele, na laringe (cordas vocais) e no esôfago. Já as infecções subclínicas são encontradas no colo do útero. O desenvolvimento de qualquer tipo de lesão clínica ou subclínica em outras regiões do corpo é bastante raro.

O HPV é uma das doenças sexualmente transmissíveis mais frequentes no Brasil, segundo o médico Geraldo Queiroz, presidente da Sociedade Brasileira de Mastologia, regional Goiás. O especialista recomenda que todas as mulheres tomem a vacina contra o HPV antes do início da atividade sexual. Geraldo Queiroz garante que os efeitos colaterais da vacina são mínimos, como febre e mal estar. A única contraindicação é a gravidez. “Mesmo para as mulheres que já tenham tido HPV, a vacina é indicada”, assinala.

Há duas vacinas comercializadas no Brasil. Uma delas é quadrivalente, ou seja, previne contra os tipos 16 e 18, presentes em 70% dos casos de câncer de colo do útero e contra os tipos 6 e 11, presentes em 90% dos casos de verrugas genitais. A outra é específica para os subtipos 16 e 18.
A vacina ainda não é liberada para os homens. “Os estudos estão bem avançados e deverá ser recomendada, pois esta não é uma DST que atinge somente as mulheres. Com isso, aumentará a cobertura vacinal”, defende Geraldo Queiroz.


Revista Vida Nova

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