segunda-feira, 31 de janeiro de 2011

Exame detecta tumores sem biópsia e avalia tratamento

Àqueles que lutam contra o câncer, doenças neurológicas e cardiopatias, a medicina oferece mais um recurso que prevê a detecção de tais males ainda em estágio inicial. O exame PET-CT surgiu ao final da década de 90 e trata-se de uma tecnologia híbrida, que funde dois métodos de diagnóstico por imagem: a Tomografia por Emissão de Pósitrons (PET, sigla em inglês) e a Tomografia Computadorizada (CT, sigla em inglês).

A técnica gera imagens de corpo inteiro e verifica o comportamento metabólico do tumor no nível de atividade celular do órgão afetado, ao contrário dos métodos tradicionais, que avaliam apenas suas características anatômicas.

Segundo o médico nuclear especialista pelo Colégio Brasileiro de Radiologia, Bruno Galafassi Ghini, o método foi introduzido há poucos anos no país mas representa a maneira mais eficaz de diagnóstico antecipado ou de recorrência de câncer. Ele salienta, ainda, que nos Estados Unidos, em 2009, foram realizados mais de 200 mil exames PET-CT. No caso das doenças cardíacas, pode detectar se ou qual área foi comprometida após a ocorrência de um infarto, ou o fluxo de sangue que chega ao músculo, por exemplo.

A realização do exame não possui contraindicações além das já alertadas comumente na medicina nuclear — como as tomografias computadorizadas e raios-x Ou seja, por utilizar substâncias radioativas como o Flúor 18, não deve ser realizado em gestantes. De maneira geral, uma hora antes do procedimento, o elemento radioativo é injetado no paciente juntamente com um fármaco biologicamente ativo, como a glicose, para que emita sinais (raios gama) a serem detectados pelo aparelho. “A quantidade de radiação usada é muito pequena. Portanto, não há efeitos colaterais. Também não ocasiona dor ou reações alérgicas e imediatamente após o exame pode-se retornar às funções normalmente”, explica o médico.

De forma não-invasiva, o exame detecta eventuais lesões e tumores, sem a realização de biópsias ou cirurgias investigativas. É possível, ainda, identificar metástases e avaliar o desempenho da quimio ou radioterapia mais rapidamente, permitindo ao médico mudar a conduta quando necessário. O único porém da técnica é que ela não possui cobertura dos planos de saúde e possui valor médio de R$ 3 mil, de acordo com informações do site Oncoguia.


Revista Vida Nova

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