terça-feira, 25 de janeiro de 2011

O novo mercado de comunicação goiano

Para quem vive o dia a dia da comunicação às vezes fica difícil perceber o cenário geral do mercado. A ideia que se tem, então, é a de uma paisagem ou estática ou pior do que foi no passado. Há um número relevante de profissionais reclamando que os anos 80 é que foram bons, que a rentabilidade caiu, que a “meninada” que chega agora não entende patavina, que as faculdades criaram uma super oferta de gente para trabalhar.

A redação da revista Marketing em Goiás acredita muito pouco nessas “verdades”. O que enxergamos é um mercado vibrante e em constante renovação. Prova maior disso é a vitória da Bees como Agência do Ano da terceira edição do GP de Comunicação, lembrando que em 2008 outra iniciante, a Inédita, também venceu o GP. 

Acompanhar essa nova geração não será tarefa fácil para as agências tradicionais. Quem começou lá pelos anos 90, já é figurinha velha na velocidade do século XXI. A percepção de que as coisas acontecem cada vez mais rápido é fato. É necessário se renovar sempre, como faz a TTA agora. Às vezes diminuir de espaço físico, como fez a ex-OM&B.

Nos veículos acontece o mesmo. Vejam a força que faz O Popular para se reinventar. Entra na internet, troca o comando da redação, investe em prêmios, dá tempo para os principais repórteres trabalharem as matérias. Idem o Diário da Manhã, que pela primeira vez em muitos anos conseguiu acertar o seu Departamento Comercial, graças ao esforço de Dionísio Naves. Outras formas de publicidade nascem a cada dia. Alguma efêmeras, como a propaganda em táxis, outra que vieram para ficar, como a mídia indoor. 

Aquela agência que vivia só de criar e autorizar mídia morreu. As novas, em especial, não têm mais pudores em fazer tudo o que o cliente precisa: pontos-de-venda, produção, assessoria de imprensa e eventos. A dupla de criação caminha lentamente, mas de maneira inequívoca, para o túmulo. Em 2010 tem mais valor aquele que escreve, layout e executa. Os mídias não podem mais enxergar apenas a TV Anhanguera. A Record vive no calcanhar da Globo, o SBT é uma opção com retorno seguro, as revistas e jornais segmentados conquistaram um amplo espaço, as rádios do interior são cada vez mais influentes.
A roda da história gira. E quem não estiver girando fica para trás.

Iúri Rincon Godinho

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