Evento realizado em Brasília reuniu especialistas de diversos Estados brasileiros e promoveu treinamento das principais vias de acesso para o tratamento das fraturas de acetábulo
Organizado pelos ortopedistas Anderson Freitas e Patrick Godinho (membros da Sociedade Brasileira de Quadril), o curso hands-on teve como objetivo promover treinamento nas principais vias de acesso para o tratamento das fraturas do acetábulo. Anderson destaca a participação efetiva de colegas de Goiás e Distrito Federal na função de instrutores: Paulo Silva (presidente da SBOT-GO), Dennison Moreira (GO), Juliano Campionni (GO), Leandro Silva (GO), George Neri (DF), Fernado Ono (DF), Gustavo Ávila (DF) e Diogo Rannier (DF). Ele agradece ainda à participação dos cirurgiões vasculares Mônica Meireles Costa (UFG) e Felipe Coelho (HFA). “Eles colaboraram demonstrando técnica de manejo vascular e suturas vasculares no acesso ilioinguinal, fato este que acrescentou um diferencial ímpar ao curso”, afirma.
O especialista Flávio Barbi Filho, chefe do Serviço de Ortopedia e Traumatologia do Hopsital São Francisco, de Ribeirão Preto, demonstra grande satisfação com o curso. “A oportunidade de treinar técnica cirúrgica em cadáveres gera uma grande expectativa em cirurgiões que, como eu, trabalham em instituições não ligadas a faculdades de medicina”, pontua. “Porém, o modo de conduzir o curso, proposto e excelentemente executado pela organização, superou qualquer expectativa prévia. Na parte prática observamos cirurgiões experientes, como o Dr. Paulo Silva, realizar a via de acesso anteriormente abordado na aula teórica e aí pudemos ter o privilégio de reproduzir o acesso em detalhes, sob observação do mesmo instrutor. Sinto-me mais seguro para executar as técnicas treinadas”, assegura.
Ronaldo Silva de Oliveira, preceptor da residência em Ortopedia e Traumatologia da Universidade Federal do Ceará, e presidente da SBOT-CE, considera que uma importante novidade foi a interação com cirurgiões vasculares, já que os orientou sobre a melhor forma de atuar em caso de lesão vascular, uma das complicações mais temidas pelos cirurgiões ortopédicos. “Este tipo de curso permite ao cirurgião adquirir, a partir de um treinamento adequado, habilidades técnicas bem como segurança na execução de procedimentos de complexidade como a osteossíntese de fraturas de acetábulo. A meu ver, a realização de procedimentos em cadáveres, não somente é factível, como representa um método de grande importância, que pode ser aplicado no treinamento e/ou aperfeiçoamento de cirurgiões”, avalia.
Assim, Anderson comenta ter ficado plenamente satisfeito com o evento, que reafirmou o objetivo da SBOT-DF em promover o desenvolvimento da especialidade e o ensino continuado. “Tentaremos manter este curso em nosso calendário anual”, destaca.
Revista da Sociedade Brasileira de Ortopedia e Traumatologia - Regional Goiás, setembro de 2012.
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