Avanços tecnológicos possibilitaram a adaptação de lentes corretivas aos óculos de natação, o que garante comodidade a quem tem deficiência visual
Os óculos de natação, utilizados para proteção contra possíveis infecções, alergia ou irritação química, passaram a possibilitar também uma boa performance ao atleta portador de defi ciência visual, por meio da adaptação de lentes corretivas. “Com o avanço tecnológico, as lentes podem ser adaptadas tanto aos óculos de natação quanto às máscaras de mergulho, o que garante comodidade a quem tem baixa acuidade visual. Além disto, alguns modelos trazem proteção contra os raios UV, que são essenciais para a proteção à saúde dos olhos”, destaca a oftalmologista Maria Cristina Barbosa de Sousa.
Segundo ela, sem a proteção dos óculos, substâncias químicas, micróbios ou qualquer impureza que esteja presente na água podem irritar ou causar uma infecção ocular, que, se não tratada, poderá evoluir para uma cicatriz e provocar baixa acuidade visual ou mesmo cegueira em casos mais severos. “A conjuntivite é uma infl amação da conjuntiva (membrana transparente que reveste a parte branca dos olhos). Pode ser ocasionada por contato com agentes químicos (como cloro ou sal), que levarão a uma
conjuntivite irritativa ou mesmo alérgica. Também pode ser ocasionada por bactéria, fungo ou vírus”, destaca. “Já os raios UV, incidindo diretamente sobre os olhos, podem ocasionar catarata, que é a diminuição ou perda da transparência do cristalino, ou alteração macular, levando à diminuição da
visão”, completa.
Maria Cristina fala de alguns critérios que devem nortear a escolha dos óculos: “Devem ser do tamanho adequado, bem ajustado ao rosto, de boa qualidade e, de preferência, com proteção UV. Se o nadador apresentar alguma ametropia, deve optar por um modelo que possibilite adaptar uma lente corretiva ou mesmo utilizar uma lente de contato, de preferência descartável, com o cuidado de só utilizá-la na piscina quando estiver com os óculos protetores e substituí-la sempre que utilizá-la na
piscina, reduzindo desta forma o tempo de contato dos olhos com as impurezas e materiais nocivos absorvidos pelas lentes de contato”, conclui.
Revista Oftalmologia em Goiás, outubro de 2011.
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