Ao oferecer uma visão sem igual do corpo humano, a ressonância magnética revolucionou a medicina com diagnósticos cada vez mais precisos. “Existem inúmeras enfermidades na qual o exame de ressonância magnética é o melhor método para confirmar o diagnóstico”, afirma Dr. Rodrigo Seronni Frota, médico especialista em radiologia e diagnóstico por imagem, com ênfase em Sistema Músculo-esquelético, Tórax e Abdome do Centro Avançado de Diagnóstico por Imagem, anexo ao Hospital São Francisco de Assis. “É um método que nos permite avaliar bem praticamente todos os tecidos e estruturas do corpo e, além disso, nos permite visualizar uma mesma área anatômica por meio de vários ângulos”, completa.
Como exemplo, ele cita o encefálo, centro do sistema nervoso, dizendo que é possível obter mais de 10 sequências, cada uma trazendo informações diferentes sobre uma mesma área estudada. “Outro exemplo é o caso dos exames do sistema msculo-esquelético, no qual podemos avaliar qualquer estrutura, por meio de imagens seccionais com cortes finos em alta resolução, em qualquer plano anatômico (axial, sagital ou coronal)”.
Embora a principal aplicação da ressonância magnética na área médica seja como método de diagnóstico complementar, ou ainda para fazer controle de tratamento ou planejamento cirúrgico, Dr. Rodrigo esclarece que ela pode ser usada para estudos anatômicos e funcionais, tanto biomecânicos, quanto metabólicos e que atualmente é utilizada até para tratamentos minimamente invasivos.
O especialista comenta que hoje em dia já é possível adquirir imagens do coração em movimento e realizar estudos de angiografia de praticamente qualquer artéria do corpo humano. “No caso de algumas suspeitas clínicas, o estudo de ressonância não substitui o método de angiografia digital tradicional, entretanto ele deve ser usado sempre que possível por ser um procedimento não invasivo, que não usa radiação ionizante (raio X), usa um meio de contraste endovenoso hipoalergênico, que não afeta a função renal. Em grande parte dos casos nem há necessidade do uso de meio de contraste endovenoso”, enumera.
Contraindicações
Segundo o radiologista, a ressonância magnética é contraindicada em situações que determinam risco para o paciente ou condições que determinam um exame de baixa qualidade. “O campo magnético pode causar uma disfunção do marcapasso cardíaco. Pode ainda deslocar órteses e próteses implantadas há algum tempo, pois elas eram confeccionadas com material ferromagnético e não de titânio, como atualmente. E este deslocamento pode causar danos aos tecidos adjacentes ou desconforto para o paciente”, exemplifica, acrescentando que, dependendo da composição das órteses e protéses metálicas pode ocorrer, em graus variáveis, distorção da imagem.
Além disso, continua Dr. Rodrigo Frota, pacientes com insuficiência renal grave devem evitar o uso do contraste endovenoso devido a um pequeno risco de ocorrer esclerose sistêmica nefrogênica, que é uma complicação rara descoberta recentemente.
Outras condições que pioram a qualidade do exame é a falta de colaboração do paciente, quando ele é claustrofóbico ou está inconsciente. "Nestes casos o exame com sedação anestésica pode resolver o problema”, informa.
Revista Ortopedia em Goiás, março de 2011
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